No Chile, protesto de estudantes leva a confrontos com policiais e 139 prisões
Uma nova série de protestos, liderados por estudantes secundaristas, levou ontem (16) à prisão 139 pessoas no Chile, em meio a confrontos entre manifestantes e os chamados carabineiros (policiais urbanos). Os estudantes exigem do governo mudanças na legislação educacional e ocupam algumas escolas em Santiago, a capital, para fazer pressão. Eles querem garantias do ensino superior gratuito e a estatização de todas as escolas de ensino fundamental e médio.
Na semana passada, as escolas foram ocupadas não só na capital, mas também no interior do Chile. Diego Mellado, um dos líderes do movimento, disse ter participado de três ocupações. "Tentamos fazer um protesto pacífico. Nós já ocupamos três vezes e fomos expulsos também três vezes”, contou.
O movimento estudantil conta com o apoio da Aces (Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundaristas) e da Cones (Federação Nacional dos Estudantes Secundários), além da Confech (Confederação de Estudantes do Chile), que reúne os professores. O ministro da Educação do Chile, Harald Beyer, apelou para a busca de diálogo.
A porta-voz da Confech e vice-presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FEQ), Camila Vallejo, alertou sobre os riscos de o governo liderar as retiradas de estudantes das escolas. A prefeitura de Santiago é que promoveu a retirada dos estudantes que ocupavam os colégios da capital.
Desde o ano passado, o Chile vive frequentes protestos em defesa de mudanças na legislação de ensino do país.
*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam.
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