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Intercâmbio executivo tem intensivo de línguas e serviço VIP; veja dicas para escolher pacote

Cláudia Emi Izumi

Do UOL, em São Paulo

03/12/2012 10h33

Em contatos iniciais e reuniões de trabalho com estrangeiros é que a falta de domínio de um idioma mais atrapalha. Para dar uma melhorada significativa na fluência e no vocabulário, as agências oferecem intercâmbios executivos para profissionais que fazem e fecham negócios com parceiros de outros países.

A agência IE Intercâmbio estima um aumento de 30% na procura por cursos para executivos em 2011 e a expectativa é de 42% no fechamento deste ano. Nessa conta, estão incluídos não apenas os de língua, mas também os de especialização e de “inglês técnico”, que são formatados especificamente para a área de atuação profissional.

O maior desafio para esse público maduro, que está na faixa dos 30 a 45 anos, é conciliar a agenda de trabalho com a dos estudos. Em geral, os cursos são de curta duração, entre duas e quatro semanas, com intensivos de 30 ou mais aulas semanais.

Os pacotes custam a partir dos US$ 2.000 (cerca de R$ 4.000) e incluem refeições, curso de idioma e acomodação em casa de família. A passagem aérea é quitada à parte.

Outra opção de hospedagem procurada no intercâmbio executivo são os flats e os hotéis, que são reservados pela agência ou pelo próprio interessado. Os custos podem oscilar entre US$ 100 e US$ 3.000 a diária (aproximadamente R$ 200 e R$ 6.000).

 Soa como um luxo, mas há um lado prático quando se escolhe ficar em flat ou hotel. Geralmente os profissionais que vão estudar fora precisam ou querem trabalhar em horários não compatíveis com os donos da casa, se estivem morando a temporada com eles. Além disso, apesar de serem estudantes, continuam a ser executivos: aproveitam a estadia para fazer negócios.

Estudo e trabalho

Rogério Salume, 39, presidente da Wine.com.br, se enquadra nesse caso. Em outubro, ele passou duas semanas na Califórnia e se hospedou em um hotel. “Tentei otimizar minha agenda de estudo e trabalho. Visitei parceiros novos, conheci o mercado de vinhos, visitei vinícolas, participei de eventos e tinha sete horas de aulas de inglês diariamente. Aluguei uma bicicleta e ia e voltava da escola para o hotel todos os dias. Bem corrido.” Isso sem contar as várias lições de casa.

Como não poderia ficar um mês afastado do trabalho, Salume dividiu o intercâmbio em quatro etapas. Em 2013, ele passa mais duas semanas no Canadá, mais duas na Inglaterra e, novamente, mais duas nos Estados Unidos. E já alimenta planos semelhantes para estudar, no futuro, o francês.

Escolha seu pacote

O diretor da IE, Marcelo Albuquerque, dá dicas para escolher o melhor tipo de intercâmbio:

É preciso definir o objetivo. “Ele precisa definir se quer melhorar seu inglês de um modo geral ou para um inglês mais dirigido para negócios, com um vocabulário mais amplo, que possa ser incorporado de uma forma rápida ao seu dia a dia.”

Determine seu perfil de viajante. Se ele gosta, por exemplo, de climas mais amenos ou não, para definir o país e a temporada em que deseja fazer o intercâmbio. Não adianta nada ir para o Canadá, com curso durante o inverno – a única temporada que a agenda de trabalho permite –, se a pessoa detesta frio.

Confira a agenda. O executivo deve determinar quanto tempo tem a seu dispor e se está disposto a estudar em um esquema de aulas intensivas, que é bem mais puxado que os de intensivos voltados para adolescentes.