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Em SE, professor leva dois tiros durante briga de alunos na sala de aula

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

02/04/2013 13h02

Um professor da rede estadual de ensino de Sergipe foi atingindo no abdômen por dois disparos de arma de fogo enquanto estava em sala de aula, na noite desta segunda-feira (1º), na escola Escola Estadual José Augusto Ferraz, localizada no bairro Industrial, em Aracaju.

Segundo informações de testemunhas repassadas à polícia, dois estudantes entraram brigando na sala de aula, enquanto o professor Edilson Oliveira Silva, 54, estava fazendo a chamada dos alunos. Um dos estudantes - que estava armado - atirou contra o colega e acabou atingido o professor com dois tiros.

O professor foi socorrido por outros funcionários da escola e levado para o HUSE (Hospital de Urgência de Sergipe), onde foi operado e, segundo o boletim médico, se recupera bem, mas não tem previsão de alta.

Os alunos envolvidos na briga fugiram, mas já foram identificados pela direção da escola. Eles são menores de 18 anos e há suspeita de que eles estavam discutindo porque pertencem a torcidas de time de futebol organizadas e que são adversárias.

A direção da escola informou que já repassou para a SEED (Secretaria de Estado da Educação) a identificação dos envolvidos na briga para serem entregues à polícia. Os rapazes têm idade entre 15 e 16 anos.

Segundo a diretora da escola, Cátia Santos, os alunos envolvidos na briga não possuem histórico de violência na escola e estavam vestindo o uniforme da unidade escolar. “Apesar de não ser obrigatório o uso do uniforme escolar no período noturno os alunos estavam de farda. Do mesmo jeito que não existe norma no ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] de que os estudantes têm de passar por revista antes das aulas para evitar que entrem armados, mas fazemos um trabalho de conscientização, de amor ao próximo e respeito à vida”, disse Cátia.

A diretora da escola informou que a SEED já afirmou que vai prestar assistência social e psicológica aos alunos, professores e respectivas famílias. "Vamos fazer um trabalho de apoio, tanto social quanto psicológico, até para os alunos envolvidos na briga. Eles são alunos da escola e temos de dar apoio social e psicológico a quem necessitar, inclusive para as famílias dos envolvidos, que estão muito abaladas, além de parentes e demais alunos da escola", ressaltou.