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Jovens que espancaram aluna em Limeira são enviadas para a Fundação Casa

Estudante de 15 anos foi espancada dentro da sala de aula em Limeira (SP) - Arquivo pessoal
Estudante de 15 anos foi espancada dentro da sala de aula em Limeira (SP) Imagem: Arquivo pessoal

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Campinas

11/04/2014 19h08

As duas menores que estavam apreendidas em Limeira (SP) depois de espancarem uma colega de classe de 15 anos foram enviadas, no fim da tarde de hoje (11), para a unidade da Fundação Casa, na capital Paulista, depois de prestarem depoimento à Justiça na cidade. A informação é da Polícia Civil e foi confirmada pela 1ª Vara da Infância e Juventude de Limeira. A expectativa é que elas tenham chegado à capital no início da noite.

De acordo com o judiciário, as duas menores vão ficar na capital até 7 de maio, quando uma nova audiência será realizada em Limeira. O prazo para a sentença das menores é de 45 dias.

As garotas, com idades de 14 e 15 anos, espancaram a colega de classe na saída para o intervalo. O caso aconteceu na Escola Estadual Castelo Branco. A vítima sofreu traumatismo craniano por conta dos golpes. Além das mãos, as acusadas utilizaram uma tesoura para golpear a colega de classe. A ação foi filmada e as imagens utilizadas para identificar as autoras.

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Segundo informações conseguidas pela reportagem do UOL, as duas menores foram enviadas para a unidade do Brás. A informação, no entanto, não foi confirmada pela Fundação Casa, que afirmou, através de assessoria de imprensa, que não pode dar detalhes sobre a passagem de menores pela instituição. A Justiça de Limeira também não informou a unidade para onde elas foram.

Ação premeditada

De acordo com o escrivão de polícia Paulo Naidhig, que trabalha na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Limeira, que secretariou o caso, a polícia acredita que as duas acusadas premeditaram a agressão. “Todo o indício é nesse sentido”, disse.

Ele informou ainda que, ao serem apreendidas, as menores chegaram até a debochar pelo fato de estarem na delegacia. “Elas estavam rindo, falando ao telefone, mandando mensagens. Cheguei a ouvir uma delas dizer que não ia dar em nada, dizendo que já iam sair daqui e voltar às atividades cotidianos”, disse o policial. A delegada Andréa Rachid Arnosti, da DDM, informou ainda que apura ainda se as gravações feitas em celulares por outros adolescentes na hora da briga também foram intencionais.

O caso

Segundo o pai, José Carlos Roque Junior, a menina era vítima de bullying por parte das amigas. Ele contou que, há uma semana, foi chamado pela direção da escola e informado de que as colegas de classe haviam ameaçado cortar o cabelo de sua filha.  "Ela chama muito a atenção. Essa situação não é uma novidade, mas isso passou de qualquer limite. Por mais que existissem problemas, a escola não pode permitir que uma estudante seja espancada da forma como ocorreu", disse.

Ele informou ainda que um grupo de amigas das menores apreendidas chegou a ameaçar sua filha dizendo que, se ela voltasse à escola, iria apanhar de novo. "Eu não quero mais ela lá, nem a Diretoria de Ensino quer. Ela vai ser transferida", disse.