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Alunos invadem escola em Campinas (SP) e explodem bomba caseira

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas (SP)

15/09/2014 16h19

A diretoria da Escola Estadual Sebastião Ramos Nogueira, no bairro São Bernardo, em Campinas (93 km de São Paulo), informou nesta segunda-feira (15) que vai convocar os pais de dois alunos identificados entre os envolvidos na explosão de uma bomba caseira ocorrida na unidade neste domingo (14). A explosão deixou ao menos cinco jovens feridos -- todos tiveram lesões leves e não correm risco de morrer.

A escola estava fechada e os alunos pularam o muro para entrar no local. Apesar de não causar prejuízos à unidade escolar, o caso foi considerado "ato de vandalismo" pela direção, que registrou um boletim de ocorrência e informou que vai tomar todas as medidas cabíveis, conforme o regimento escolar. Os nomes, idades e série dos estudantes não foram divulgados.

Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, o incidente com o artefato não comprometeu as aulas nesta segunda-feira. Ainda de acordo com o órgão, a Defesa Civil Estadual já vistoriou a unidade e o prédio está liberado para suas atividades.

O caso

De acordo com a polícia, os jovens contaram que entraram na escola para jogar bola no campo de futebol, onde encontraram uma garrafa pet cheia de pólvora e pedras dentro de uma lixeira. Entretanto, a hipótese de os próprios jovens terem entrado com a bomba na unidade de ensino não está descartada.

Ainda segundo a versão contada aos policiais, após achar o artefato, um dos jovens teria jogado a garrafa com o coquetel molotov no muro, ocasionando a explosão que feriu os próprios estudantes com estilhaços. Eles foram socorridos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhados ao pronto socorro São José e ao Hospital Municipal Doutor Mario Gatti, onde foram medicados e liberados.

Peritos do Instituto de Criminalística foram ao local e o laudo sobre a explosão ficará pronto em 30 dias. O caso será investigado pela Delegacia da Infância e Juventude, como lesão corporal culposa -- quando não há intenção. A polícia também deve apurar quem foi o responsável pela fabricação do artefato.