Criança morre enforcada com tiras de pano em escola de Caraguatatuba (SP)

Uma criança de 10 anos de idade morreu enforcada em uma escola municipal de Caraguatatuba, na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo. Ela estava fora do horário de aulas, sem supervisão de responsáveis, e teria se enforcado acidentalmente, segundo as primeiras informações da polícia.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela vice-diretora, Mariana Cristina Nereu, a menina estaria no auditório brincando com tiras de pano usadas em um projeto de teatro acrobático, atividade extracurricular, quando ocorreu o possível acidente, pouco depois de 18h desta quinta-feira (30). A menor chegou a ser socorrida por funcionários e pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu.

Agatha Nogueira de Sá Neves era filha de uma auxiliar de limpeza da Escola Municipal Professora Maria Aparecida de Carvalho. A vice-diretora disse à polícia que a garota sempre ficava até por volta de 19h no colégio, à espera da mãe, do padrasto ou de uma funcionária para levá-la embora.

Esse tipo de situação não seria permitido, mas o caso era “excepcional” por ela ser filha de uma funcionária, segundo consta no boletim de ocorrência. Apesar disso, ainda de acordo com o relato da vice-diretora, não havia uma pessoa incumbida de vigiar a criança. Durante o tempo em que permanecia até mais tarde no colégio, a menor tinha a companhia apenas de um guarda que circula por todo o prédio e que não ficaria vigiando a garota o tempo todo.

O delegado responsável pelo caso, Marcelo Abreu Magalhães, informou que vai apurar essas informações e também quem exatamente estava na escola no momento do acidente. Esse guarda também seria parente da garota, segundo Magalhães. “Inicialmente, o inquérito vai investigar homicídio culposo, sem a intenção de matar, e negligência por parte de familiares. Mas vamos analisar também a conduta da escola”, afirmou o delegado no Boletim de Ocorrência. 

Uma parente da criança, que não quis se identificar, disse, por telefone, que a mãe está em estado de choque, sem condições de falar, porque Agatha era sua única filha.

De acordo com a secretária de educação do município, Ana Lúcia Bilard Sicherle, as tiras de pano estavam erguidas, e por enquanto não se sabe como a menina as alcançou. Ana Lúcia não quis dar mais detalhes, pois prefere aguardar os resultados da investigação policial e da sindicância interna que foi aberta pela prefeitura.