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Divididos, professores decidem em assembleia sobre rumo de greve no PR

Fabiana Maranhão/UOL
Imagem: Fabiana Maranhão/UOL

Fabiana Maranhão

Do UOL, em Curitiba

05/05/2015 06h00

Os professores da rede estadual do Paraná decidem nesta terça-feira (5) em Curitiba, se mantêm a paralisação ou retomam as atividades em sala de aula. Uma assembleia está marcada para as 14h30, no estádio Durival de Britto.

A diretoria e representantes dos núcleos regionais do APP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) tiveram longa reunião na segunda-feira (4). Professores ouvidos pela reportagem do UOL afirmaram que a categoria está dividida sobre pôr fim ou não à paralisação.

Os docentes estão em greve desde 25 de abril em protesto contra lei aprovada pelos deputados estaduais e sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB), na semana passada, que altera o fundo de previdência dos servidores do Estado.

A diretoria do sindicato afirma que está tomando "medidas cabíveis, ações jurídicas e políticas" para reverter a situação e que aguarda posicionamento do Ministério da Previdência Social sobre a constitucionalidade das mudanças.

Protesto

Na manhã desta terça-feira, às 9h, está programado um ato em Curitiba em apoio aos professores e servidores públicos do Paraná. Até a noite de segunda-feira, quase 50 mil pessoas tinham confirmado presença na mobilização em três eventos diferentes criados no Facebook. 

A concentração será na praça 19 de Dezembro. De lá, os manifestantes vão seguir em caminhada até a praça Nossa Senhora de Salete, onde ficam o palácio Iguaçu, sede do governo estadual, e a Assembleia Legislativa, no Centro Cívico.

Uma passeata realizada na última sexta-feira (1º) reuniu cerca de 10 mil pessoas, segundo os organizadores, e em torno de 3.000, de acordo com a Guarda Civil, na capital paranaense.

Os manifestantes jogaram tinta vermelha no espelho d'água que fica em frente ao palácio do governo e deixaram as bandeiras do Paraná e do Brasil a meio mastro, em repúdio à repressão policial contra professores e servidores durante protesto na última quarta (29), que resultou em 14 pessoas detidas e centenas de feridos.