Meu filho não é um monstro, diz mãe de suspeito de estupro em escola de SP
A mãe de um garoto de 14 anos suspeito de estuprar uma aluna dentro da Escola Leonor Quadros, na zona sul de São Paulo, diz que o filho é inocente. O caso, que está sendo investigado pela polícia, ocorreu no dia 12 por volta das 16h dentro do banheiro masculino da unidade.
“Meu filho não é um monstro, não é estuprador. Eu vou provar que ele é inocente”, diz a mulher que tem 38 anos, seis filhos e é dona de casa. “Meu filho é virgem, eu pago o que for para provar isso”.
Ela afirma que o filho estava na diretoria –suspeito de ter quebrado lâmpadas-- no momento em que teria ocorrido o estupro. “Ele disse: ‘mãe, eu não tava nesse negócio, eu tava na diretoria esperando a senhora’. Daí ele escutou um alvoroço no pátio e foi ver o que era. Viu uma menina caída no chão e foi tentar ajudar, mas ela começou a dar risada. Daí ele deixou ela lá”, diz.
A Secretaria de Educação não confirma se o aluno estava ou não na diretoria no momento da ocorrência.
O menino, que também estuda na Escola Leonor Quadros, está no 7º ano e reprovou no ano passado. “Ele anda de um lado para o outro, só vai para a escola para ficar zanzando pelo corredor, só por isso que me ligam. Ele não tem envolvimento com nada, nunca me chamaram por causa de briga, por droga”, afirma.
Sobre os outros dois suspeitos de estupro, ela diz que o filho só conhecia um deles. “Ele é colega desse menino faz uma semana, conhecia de vista. O outro ele não conhece, nem a menina”.
Segundo reportagem do “Agora”, um dos suspeitos confessou o estupro em depoimento. O segundo, filho da dona de casa, negou participação. “Eu não vou deixar eles levarem o meu filho, vão matar meu filho na Federam [Fundação Casa]”, diz. Os dois permanecem em liberdade.
O terceiro garoto reconhecido pela vítima está foragido. A menina está em tratamento médico e permanece estudando em casa.
Secretaria apura conduta da escola
A Secretaria de Educação informou que instaurou um procedimento para verificar a conduta da direção da escola no caso. A mãe da vítima diz que a polícia deveria ser chamada na escola no mesmo dia, o que não foi feito. A direção diz que chamou uma ambulância para atender a garota, que relatou falta de ar.
A mãe do garoto só foi chamada na escola no dia seguinte à ocorrência, quando soube que o filho era suspeito de participar de um estupro. Ela diz ele não foi transferido, mas suspenso até a última segunda (18).
Na segunda, quando reportagem do UOL revelou o caso de estupro, a Secretaria de Educação disse que os estudantes já haviam sido transferidos para outra unidade de ensino. A informação foi novamente confirmada pela pasta nesta quinta.
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