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Presidente do Inep minimiza falha de inscrição do Enem 2015

Francisco Soares, presidente do Inep - Valter Campanato/Agência Brasil
Francisco Soares, presidente do Inep Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Karina Yamamoto

Do UOL, em São Paulo

02/06/2015 12h17

Os servidores do Inep, autarquia do Ministério da Educação responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), estão trabalhando abaixo da capacidade, afirmou o presidente da instituição, Francisco Soares em entrevista ao UOL. "Está tudo muito tranquilo", disse Soares sobre as inscrições do maior exame de seleção para o ensino superior do país.

Segundo Soares, a capacidade é de realizar 2.500 inscrições por minuto. Para ele, os problemas relatados pelos internautas - e enfrentados pela reportagem do UOL - foram pontuais. O Inep sugere "horários alternativos", sem definir que períodos seriam esses.

"Um dos problemas que detectamos foi com quem acabou de tirar o CPF [Cadastro de Pessoa Física] porque o número pode não estar na base da Receita e ocasionar algum atraso", explicou. Mesmo assim, ele afirmou que isso não será problema para efetuar a inscrição.

Até agora, o Enem 2015 recebeu mais de 3,6 milhões de inscrições. O prazo para se inscrever vai até o dia 5 de junho, próxima sexta-feira.

Ajustes finos

O Enem, que foi alvo de polêmicas e até caso de polícia, está em outro estágio do processo. "São centenas de processos", disse Soares. "Agora, os processos são de menor visibilidade [se comparados com os ajustes iniciais quando o exame foi implantado como seleção para o ensino superior, em 2009]." 

O fato de abrir os malotes das provas meia hora depois que os portões forem fechados, às 13h, ajudará na padronização das chances dos candidatos, segundo o presidente do Inep. Assim, todos começam as provas no mesmo horário -- algo que não era possível garantir quando os pacotes com as provas eram abertos após o fechamento dos portões.

Outra mudança é ter um funcionário público por local de prova, para presenciar a chegada e abertura dos pacotes de prova. E, com o tempo em sala dos alunos até a chegada do caderno do Enem, também poderá haver um uso mais eficiente dos detectores de metal, segundo Soares, uma vez que o aparelho poderá ser usado nesse período.

Segundo Soares, há duas diretrizes para a condução desse processo: segurança (para que não haja vazamentos e fraudes desde a inscrição até a divulgação dos resultados) e acolhimento (do público diverso que o Enem recebe, das adaptações do manual para a Linguagem Brasileira de Sinais, Libra, até a facilitação do uso do nome social para os transgêneros).