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Sobe para 21 número de escolas ocupadas em Goiás

Alessandra Modzeleski

Colaboração para o UOL, em Brasília

17/12/2015 18h40

Estudantes ocupam 21 escolas, em quatro cidades de Goiás, contra a implantação das OSs (Organizações Sociais) na rede pública de ensino do estado. O último colégio ocupado foi o Instituto de Campinas Presidente Castello Branco, localizado em Campinas, bairro de Goiânia, na manhã desta quinta-feira (17).

Os estudantes estão informando o número de instituições ocupadas em páginas no Facebook. Nelas, eles pedem doações de alimentos e materiais de limpeza e higiene, além de apoio para as ocupações.

Segundo os alunos, há 12 ocupações em Goiânia, duas em Aparecida de Goiânia, seis em Anápolis e uma na Cidade de Goiás.

A Seduce (Secretaria de Educação, Cultura e Esporte) não confirmou o número de ocupações. Segundo a pasta, "somente organizadores dos movimentos podem passar números oficiais".

Na quarta-feira (16), a Seduce determinou a anulação do Aviso de Chamamento Público referente à seleção das OSs para administração de escolas públicas, em Anápolis. Conforme divulgado, a anulação aconteceu porque o documento estava sem assinatura das autoridades competentes. Não há previsão para o novo Chamamento Público.

Os atos começaram na última quarta-feira (9), com a ocupação do Colégio Estadual Professor José Carlos de Almeida. O projeto de implantação das OSs é visto pelos estudantes como a precarização da carreira dos professores e fim da gratuidade do ensino público. Manifestantes classificam como uma terceirização e pretendem ficar nos locais até que o governo recue.

A Seduce, por sua vez, ressalta que a escola "permanecerá pública e gratuita" e que o novo modelo "não vai alterar os direitos dos professores e servidores". Além disso, a secretaria informa que a parceria com as OSs não se trata de uma privatização ou terceirização do ensino público, "mas uma parceria que busca agilidade e uma educação pública de qualidade".