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Escolas precisam ensinar jovens a lidar com as emoções, diz Augusto Cury

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Imagem: Divulgação

Thiago Varella

Colaboração para o UOL, em Campinas

20/05/2016 17h38

O médico Augusto Cury é um dos escritores mais lidos do Brasil. Seus livros de autoajuda ensinam técnicas para desacelerar o pensamento e melhorar a qualidade de vida e fazem um sucesso estrondoso em um país onde apenas 8% das pessoas em idade de trabalhar são consideradas plenamente capazes de entender e se expressar por meio de letras e números. 

Ele quer que suas ideias estejam presentes nas escolas brasileiras. “As escolas e os pais estão tão desesperados com os filhos. Os jovens estão muito ansiosos. As crianças de sete anos de idade têm mais informação do que um imperador romano. Ansiosas, elas acordam de madrugada para mexer no celular”, contou. 
 
Para reverter essa situação, não é preciso tomar remédios ou fazer terapia. Segundo Cury, se os jovens tivessem aulas específicas de educação socioemocional, o panorama seria totalmente diferente.  A ideia principal é ensinar os estudantes a lidar melhor com suas emoções e com sua inteligência.
 
“A educação socioemocional é o futuro da educação mundial", afirma. "A teoria que desenvolvi sobre inteligência multifocal me jogou nos braços da educação. Falo do gasto de energia emocional inútil que leva ao esgotamento do cérebro. E isso acontece muito com nossos alunos".
 
Cury bolou um programa, chamado Escola da Inteligência, que, com uma hora aula por semana, dentro da grade curricular do aluno, ajuda a desenvolver a educação socioemocional no ambiente escolar.  
 
Presente em mais de 300 escolas no Brasil, a ideia é levar a iniciativa para o ensino público. 
 
Cury é autor de 39 obras de psicologia aplicada e foi um dos dos palestrantes da Bett Brasil Educar 2016, evento que ocorre em São Paulo nesta semana.