Folclore - Relembre a infância com 18 cantigas de roda
Agosto é o mês do folclore. Para comemorar a data, listamos a seguir algumas cantigas de roda, que têm caráter folclórico e abordam temas do universo infantil.
A famosa dança infantil, de roda, conhecida em todo o Brasil, teve origem em Portugal, onde era um bailado de adultos. O semelhante a ela é o fandango, baile rural praticado até meados do século 20 no interior do Rio de Janeiro (Parati) e São Paulo, em que homens e mulheres formavam rodas concêntricas, homens por dentro e mulheres por fora.
Os versos que abrem a ciranda infantil são conhecidíssimos ainda hoje: "Ciranda, cirandinha/ Vamos todos cirandar/ Vamos dar a meia volta/ Volta e meia vamos dar". De resto, há variações regionais que os complementam como "O anel que tu me deste/ Era vidro e se quebrou./ O amor que tu me tinhas/ Era pouco e se acabou".
A barata diz que tem sete saias de filó/
É mentira da barata, ela tem é uma só/
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só.
A Barata diz que tem um sapato de veludo/
É mentira da barata, o pé dela é peludo/
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo!
A Barata diz que tem uma cama de marfim/
É mentira da barata, ela tem é de capim/
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim. A canoa virou/
Por deixá-la virar,
Foi por causa da Maria/
Que não soube remar.
Siriri pra cá,
Siriri pra lá,
Maria é velha/
E quer casar.
Se eu fosse um peixinho/
E soubesse nadar,
Eu tirava a Maria/
Lá do fundo do mar. Alecrim, alecrim dourado/
Que nasceu no campo/
Sem ser semeado.
Oi, meu amor,
Quem te disse assim,
Que a flor do campo/
É o alecrim?
Alecrim, alecrim aos molhos,
Por causa de ti/
Choram os meus olhos.
Alecrim do meu coração/
Que nasceu no campo/
Com esta canção. Atirei o pau no gato tô tô/
Mas o gato tô tô/
Não morreu reu reu/
Dona Chica cá/
Admirou-se se/
Do berro, do berro que o gato deu/
Miau!
Boi, boi, boi/
Boi da cara preta/
Pega esta criança que tem medo de careta.
Não , não , não/
Não pega ele não/
Ele é bonitinho, ele chora coitadinho. Cai cai balão, cai cai balão/
Na rua do sabão/
Não Cai não, não cai não, não cai não/
Cai aqui na minha mão!
Cai cai balão, cai cai balão/
Aqui na minha mão/
Não vou lá, não vou lá, não vou lá/
Tenho medo de apanhar! Capelinha de melão/
É de São João/
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão/
São João está dormindo/
Não acorda, não/
Acordai, acordai,
Acordai, João! Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar/
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou/
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou/
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda/
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora/
A ciranda tem tres filhas/
Todas tres por batizar/
A mais velha delas todas/
Ciranda se vai chamar Escravos de Jó/
Jogavam caxangá/
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá/
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá. Ai, eu entrei na roda/
Ai, eu não sei como se dança/
Ai, eu entrei na "rodadança"/
Ai, eu não sei dançar.
Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um/
Tenho sete namorados só posso casar com um.
Namorei um garotinho do colégio militar/
O diabo do garoto, só queria me beijar.
Todo mundo se admira da macaca fazer renda/
Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda. Fui na fonte do Itororó/
Beber água e não achei.
Achei linda morena/
Que no Itororó deixei.
Aproveite minha gente/
Que uma noite não é nada.
Se não dormir agora/
Dormirá de madrugada.
Ó Mariazinha!
Ó Mariazinha!
Entre nesta roda/
E dançara sozinha.
Sozinha eu não danço/
Nem devo dançar/
Porque tenho o boto/
Para ser meu par. Marcha Soldado/
Cabeça de Papel/
Se não marchar direito/
Vai preso pro quartel.
O quartel pegou fogo/
A polícia deu sinal/
Acorda acorda acorda/
A bandeira nacional. O cravo brigou com a rosa/
Debaixo de uma sacada/
O cravo saiu ferido/
E a rosa, despedaçada.
O cravo ficou doente/
A rosa foi visitar/
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar. Como pode o peixe vivo/
Viver fora d'água fria?
Como pode o peixe vivo/
Viver fora d'água fria?
Como poderei viver,
Como poderei viver,
Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia?
Os pastores desta aldeia/
Já me fazem zombaria/
Os pastores desta aldeia/
Já me fazem zombaria/
Por me ver assim chorando/
Sem a tua, sem a tua companhia. Pirulito que bate bate/
Pirulito que já bateu/
Quem gosta de mim é ela/
Quem gosta dela sou eu.
Pirulito que bate bate/
Pirulito que já bateu/
A menina que eu gostava/
Não gostava como eu. Samba Lelê está doente/
Está com a cabeça quebrada/
Samba Lelê precisava/
De umas dezoito lambadas.
Samba, samba, Samba ô Lelê/
Pisa na barra da saia ô Lalá/
Ó Morena bonita,
Como é que se namora?
Põe o lencinho no bolso/
Deixa a pontinha de fora. Se esta rua,
Se esta rua fosse minha,
Eu mandava,
Eu mandava ladrilhar,
Com pedrinhas,
Com pedrinhas de diamantes,
Só pra ver, só pra ver/
Meu bem passar.
Nesta rua, nesta rua tem um bosque/
Que se chama, que se chama solidão/
Dentro dele, dentro dele mora um anjo/
Que roubou, que roubou meu coração... Teresinha de Jesus deu uma queda/
Foi ao chão/
Acudiram três cavalheiros/
Todos de chapéu na mão.
O primeiro foi seu pai/
O segundo seu irmão/
O terceiro foi aquele/
Que a Teresa deu a mão.
Teresinha levantou-se/
Levantou-se lá do chão/
E sorrindo disse ao noivo/
Eu te dou meu coração.
Dá laranja quero um gomo/
Do limão quero um pedaço/
Da morena mais bonita/
Quero um beijo e um abraço. Cantigas folclóricas
A barata diz que tem
A canoa virou
Alecrim
Atirei o pau no gato
Boi da cara preta
Cai cai balão
Capelinha de melão
Ciranda cirandinha
Escravos de Jó
Eu entrei na roda
Fui no Itororó
Marcha soldado
O cravo brigou com a rosa
Peixe vivo
Pirulito que bate bate
Samba Lelê
Se esta rua fosse minha
Teresinha de Jesus