Holanda tem o terceiro melhor sistema educacional do mundo
-
Vista aérea da cidade de Roterdã, a segunda maior da Holanda
Educação de qualidade, variedade de museus, população amistosa e cervejas de primeira linha. Tudo isso em um único lugar: Holanda.
Segundo o ranking “Times Higher Education 2011”, o país é o terceiro colocado na listagem dos melhores sistemas educacionais. São cerca de 1.500 cursos disponíveis para estrangeiros, entre os de graduação, os de pós-graduação e aqueles de curta duração, afirma Remon Daniel Boef, diretor da Nuffic Neso Brasil, fundação que representa o ensino holandês no Brasil.
Apesar da língua oficial ser o holandês, há cursos de graduação ministrados em inglês, alemão e francês. Para candidatar-se a uma vaga, o estudante deve buscar o curso desejado no site da Neso Brazil, entrar em contato com a universidade e enviar histórico acadêmico. Algumas universidades exigem teste de proficiência na língua do curso.
“O bom é que a própria universidade faz os trâmites do visto estudantil, o que facilita muito a vida do intercambista”, ressalta Boef.
O destino europeu, ainda pouco explorado pelos brasileiros, é um prato cheio para estudantes que desejam unir os estudos a uma vida cultural e noturna robusta. Amsterdã, Haia, Roterdã, Utrecht e Groningen estão entre as cidades mais visitadas.
O país é também um bom destino para quem deseja aprender inglês, uma vez que mais de 80% da população domina o idioma fluentemente. O fato de a Holanda estar localizada no centro da Europa possibilita que o intercambista aprenda também um pouco de alemão.
Cursos técnicos ou graduação
O perfil acadêmico holandês é diferente do brasileiro e tende a privilegiar a aplicação daquilo que se vê em sala de aula. “Existem escolas públicas e privadas de qualidade na Holanda, sendo que todas seguem a metodologia de ensino aplicado, em que o estudante deve agregar conhecimento dentro e fora da sala de aula e ser preparado para a vida”, explica Marcos Guimarães, consultor de vendas da agência de intercâmbio STB.
Algumas universidades, complementa Boef, também têm parcerias com multinacionais sediadas na Holanda, como Philips, Shell e Unilever. Durante o período estudantil, os alunos podem se candidatar a uma oportunidade e adquirir experiência internacional.
“A boa notícia é que, se o estágio fizer parte da grade curricular da universidade, não é preciso autorização, nem visto de trabalho”, destaca o diretor da Nuffic Neso Brasil.
Opções de lazer
Para equilibrar a rotina de estudos, a Holanda traz um cardápio variado de lazer: desde bares que vendem as famosas cervejas holandesas e praias repletas de jovens estudantes até museus que retratam a cultura e a história desse país europeu.
De acordo com Boef, as terras holandesas abrigam mais de 1.000 museus, além de obras arquitetônicas e artes de rua de encher os olhos de estudantes de arquitetura e design. “A diversidade cultural holandesa é o maior atrativo para os mais de 500 brasileiros que decidem estudar no país anualmente”, contabiliza ele.
As praias holandesas, geralmente localizadas próximas ao centro, são o ponto de encontro de jovens estudantes e turistas.
A forte ventania na orla, contudo, traz uma cena bastante atípica aos brasileiros: banhistas dentro de buracos feitos na areia para o bloqueio do vento -o clima na Holanda varia de -5°C a mais de 30°C.
Como o país é pequeno, é possível conhecer várias cidades durante o período do intercâmbio. A forma mais fácil de viajar pelo país é utilizando a eficiente rede ferroviária.
Destino econômico
Para quem pretende estudar inglês, a Holanda é um destino econômico para quem não pode –e não quer– gastar muito.
De acordo com a STB, enquanto um ano de estudos em Londres (sem passagem) custa 20 mil euros* (cerca de US$ 24,5 mil), o mesmo período na Holanda (sem passagem área) custa 7.000 euros* (cerca de US$ 8,6 mil). O motivo da diferença é que o governo holandês oferece bolsas de estudos aos brasileiros, o que barateira –e muito- o pacote de intercâmbio.
O custo de vida holandês também é bastante enxuto. Segundo ex-intercambistas entrevistados pelo UOL, dá para viver bem com a partir de 800 euros* (US$ 982), uma vez que não é necessário gastar com segurança e saúde.