Estudo aponta que desempenho de cotistas é inferior ao dos brancos
Os alunos que se declararam negros ou afrodescendentes no último vestibular são mais assíduos e apresentam desempenho inferior ao dos brancos. É o que revela um estudo realizado pela Uneb (Universidade do Estado da Bahia) -segunda instituição pública do país a adotar o sistema de cotas em seu processo seletivo, depois da UERJ (Universidade do Estado do Rio).
O trabalho apontou que os alunos cotistas (negros ou afrodescendentes) apresentaram uma nota média (soma de todas as disciplinas) 0,23 ponto menor do que a dos alunos que ingressaram nos cursos pelo sistema tradicional.
Nos cursos mais concorridos oferecidos pela universidade -direito, nutrição, enfermagem, ciências contábeis e fonoaudiologia, a diferença entre a média das notas foi maior, chegando a 0,6 ponto (enfermagem).
"Para quem cursou todo o ensino médio em uma escola pública, o desempenho dos afrodescendentes foi excelente", disse a gerente de seleção da Uneb, Romilda Almeida.
Em dois de seus cursos mais disputados -nutrição e fonoaudiologia-, todos os afrodescendentes que ingressaram na universidade no primeiro semestre de 2003 concluíram o período. Entre os estudantes que entraram nos dois cursos pelo sistema tradicional, 26,70% (enfermagem) e 20% (fonoaudiologia) não terminaram o semestre.
Professor de biologia da rede estadual de ensino da Bahia há 16 anos, Roque Simas, 42, considerou insignificante a diferença entre as médias. "Pelas dificuldades enfrentadas, os cotistas poderaim ter apresentado diferença de desempenho bem maior".
Segundo Romilda Almeida, a universidade está desenvolvendo um projeto para garantir suporte financeiro para todos os afrodescendentes, de modo que eles possam melhorar o desempenho acadêmico. "As análises comparativas que estamos fazendo vão servir para balizar as nossas informações. Depois, vamos enviar o projeto para o governo estadual", disse Almeida.
O estudo da Uneb comparou o desempenho de todos os alunos que ingressaram no primeiro semestre do ano passado, nos 22 cursos oferecidos pela instituição em nove ciaddes baianas -Alagoinhas, Barreiras, Caetité, Jacobina, Juazeiro, Paulo Afonso, Salvador, Santo Antonio de Jesus e Teixeira de Freitas.
O sitema de reserva de vagas para negros e afrodescendentes foi adotado pela Uneb no ano passado, quando foram oferecidas 3.829 vagas. Do total, 40% (1.531) das vagas foram destinadas aos cotistas. Atualmente, a Uneb é a maior universidade da Bahia, com 26 mil estudantes matriculados em cursos de graduação e pós-graduação.
A Uerj, que também implantou um sistema de reserva de vagas para negros no ano passado, divulgou que a reprovação por nota na área de biomédicas foi quatro vezes maior entre os cotistas do que entre os não-cotistas matriculados nos mesmos cursos.
O trabalho apontou que os alunos cotistas (negros ou afrodescendentes) apresentaram uma nota média (soma de todas as disciplinas) 0,23 ponto menor do que a dos alunos que ingressaram nos cursos pelo sistema tradicional.
Nos cursos mais concorridos oferecidos pela universidade -direito, nutrição, enfermagem, ciências contábeis e fonoaudiologia, a diferença entre a média das notas foi maior, chegando a 0,6 ponto (enfermagem).
"Para quem cursou todo o ensino médio em uma escola pública, o desempenho dos afrodescendentes foi excelente", disse a gerente de seleção da Uneb, Romilda Almeida.
Em dois de seus cursos mais disputados -nutrição e fonoaudiologia-, todos os afrodescendentes que ingressaram na universidade no primeiro semestre de 2003 concluíram o período. Entre os estudantes que entraram nos dois cursos pelo sistema tradicional, 26,70% (enfermagem) e 20% (fonoaudiologia) não terminaram o semestre.
Professor de biologia da rede estadual de ensino da Bahia há 16 anos, Roque Simas, 42, considerou insignificante a diferença entre as médias. "Pelas dificuldades enfrentadas, os cotistas poderaim ter apresentado diferença de desempenho bem maior".
Segundo Romilda Almeida, a universidade está desenvolvendo um projeto para garantir suporte financeiro para todos os afrodescendentes, de modo que eles possam melhorar o desempenho acadêmico. "As análises comparativas que estamos fazendo vão servir para balizar as nossas informações. Depois, vamos enviar o projeto para o governo estadual", disse Almeida.
O estudo da Uneb comparou o desempenho de todos os alunos que ingressaram no primeiro semestre do ano passado, nos 22 cursos oferecidos pela instituição em nove ciaddes baianas -Alagoinhas, Barreiras, Caetité, Jacobina, Juazeiro, Paulo Afonso, Salvador, Santo Antonio de Jesus e Teixeira de Freitas.
O sitema de reserva de vagas para negros e afrodescendentes foi adotado pela Uneb no ano passado, quando foram oferecidas 3.829 vagas. Do total, 40% (1.531) das vagas foram destinadas aos cotistas. Atualmente, a Uneb é a maior universidade da Bahia, com 26 mil estudantes matriculados em cursos de graduação e pós-graduação.
A Uerj, que também implantou um sistema de reserva de vagas para negros no ano passado, divulgou que a reprovação por nota na área de biomédicas foi quatro vezes maior entre os cotistas do que entre os não-cotistas matriculados nos mesmos cursos.
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