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País tem 48 mil estudantes em áreas remanescentes de quilombos

Da Redação<br><br/> Em São Paulo

06/10/2004 13h26

Dados preliminares do Censo Escolar 2004, divulgados nesta quarta-feira (7/10) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação), mostram que no Brasil existem 49.722 estudantes matriculados em 364 escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos, sendo que 62% das matrículas estão concentradas na região Nordeste.

O levantamento inédito mostra, ainda, que o Estado do Maranhão possui mais de 10 mil alunos em 99 estabelecimentos em terras habitadas por descendentes de escravos, maior número entre todas as unidades da Federação.

No país, em todos os níveis da educação básica, há 55 milhões de estudantes; desse total, 88% estão em escolas públicas.

aumento
A pesquisa mostra ainda o crescimento no número de matrículas pelo país.

A educação infantil foi o nível de ensino que apresentou a maior taxa de crescimento no último ano: de 7,9%, passando de 6,4 milhões de alunos, em 2003, para 6,9 milhões em 2004. Na creche, com 1,3 milhão de matrículas, o aumento foi de 8,9%, e na pré-escola, que contabiliza 5,6 milhões de crianças, de 7,7%.

No ensino médio regular foram registrados 9,2 milhões de matrículas, um acréscimo de 1% em relação a 2003. Registrou-se crescimento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e estabilidade no número de jovens neste nível de ensino nas regiões Sul e Sudeste.

O número total de estudantes portadores de necessidades educacionais especiais aumentou 12,3% no país, alcançando 566.023 matrículas, em 2004. De acordo com o Censo Escolar, o número de alunos com necessidades especiais em classes comuns aumentou 34,1% em relação ao ano passado e totaliza 194.581 alunos. O número de estudantes em escolas especializadas ou classes especiais cresceu 3,5% e soma 371.442 matrículas.

A EJA (Educação de Jovens e Adultos) possui 4,6 milhões de matrículas, segundo dados de 2004, com um crescimento de 3,9% em relação ao último ano. No ensino médio da EJA, com 1,2 milhão de estudantes, ocorreu o aumento mais expressivo, de 18%.

De 5ª a 8ª série do ensino fundamental na EJA houve incremento de 5,7% na matrícula, que passou a contar com 1,9 milhão de estudantes. De 1ª a 4ª série não foi registrada variação significativa na matrícula, que, hoje, é de 1,6 milhão.

A única faixa onde houve queda foi a do ensino fundamental, que conta com 34 milhões de alunos, e teve um decréscimo de 1,2% no número de matrículas, tendência verificada desde 1999. Essa situação ocorre devido a três fatores principais: a correção do fluxo escolar, a taxa de 97,2% de crianças de 7 a 14 anos atendidas na escola, segundo dados de 2003 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e a queda na taxa de natalidade da população.

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