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Uma das poucas federais a concluir 1º semestre, UFSC suspende início do 2º por causa de greve

Léo Pereira

Do UOL, em Florianópolis

24/07/2012 19h13Atualizada em 24/07/2012 19h15

O Conselho da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) decidiu, por unanimidade, adiar o início das atividades do segundo semestre na instituição. O encontro aconteceu nesta terça-feira (24), no campus principal da universidade, em Florianópolis. A universidade foi uma das poucas que conseguiu concluir o semestre antes de os professores decretarem greve.

As aulas estavam previstas para voltarem em 6 de agosto, e ainda não foi definida uma nova data. Com a suspensão temporária, um novo encontro do Conselho – que reúne professores, servidores e estudantes da UFSC – acontece no dia 7.

A UFSC conseguiu fechar o primeiro semestre, mesmo com os servidores paralisados desde 11 de junho, o que prejudicou o atendimento em setores como o Restaurante e a Biblioteca Universitária. Os docentes entraram em greve um mês depois, após o fim das aulas.

Segundo a assessoria da reitoria, a medida foi tomada porque faltavam apenas duas semanas para o término do semestre letivo, e havia recursos para dar condições mínimas, como auxílio-alimentação e deslocamento aos alunos até o restaurante do CCA (Centro de Ciências Agrárias).

Ainda de acordo com a assessoria, outros problemas com a greve impedem o reinício das atividades. Um dos pontos é que 68 professores estão com contratações pendentes e não teriam como trabalhar, se houvesse a retomada do semestre.

Outra alegação é que, segundo estudo da Prograd (Pró-Reitoria de Graduação), 10% das notas ainda não foram lançadas, o que prejudica as rematrículas, e alguns departamentos não puderam dimensionar as turmas para algumas disciplinas.

Após o fim da greve, a Prograd vai encaminhar um novo calendário acadêmico ao Conselho. Durante o encontro desta terça, não foi discutida a possibilidade de transferência das datas do vestibular da UFSC, previsto para dezembro.

Professores da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) também chegaram a concluir o primeiro semestre, mas estudavam não lançar as notas dos alunos a fim de impedir a matrícula.