Começa nesta segunda greve de professores da rede estadual de SP
Começa nesta segunda-feira (22) a greve de professores da rede estadual, decidida em assembleia na tarde de sexta-feira (19), quando cerca de 5.000 manifestantes se reuniram da avenida Paulista. A greve é por tempo indeterminado.
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- http://educacao.uol.com.br/enquetes/2013/04/19/voce-e-a-favor-ou-contra-a-greve-de-professores-da-rede-estadual-de-sp.js
Segundo a Apeoesp (sindicato dos professores), os professores reivindicam reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012, o cumprimento da jornada extraclasse, o fim da remoção e da designação de professores das escolas de tempo integral, entre outras demandas.
Secretaria fala em "campanha mentirosa"
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que considera descabidas as reclamações da Apeoesp. De acordo com o órgão, o governo cumpre integralmente a Lei do Piso do Magistério, com um salário inicial dos professores de educação básica 2, com jornada de 40 horas semanais, de R$ 2.088,27. Ainda segundo a secretaria, o "Estado obedece também ao limite máximo de dois terços da carga horária total estabelecido pela Lei do Piso para a jornada de trabalho docente em classe."
O órgão também diz que o sindicato fez uma "campanha mentirosa" e teria afirmado que a greve já estava definida antes mesmo da assembleia.
Aumento de 8%
Nesta semana, o governo anunciou um reajuste de 8% para docentes e servidores da educação. A decisão tenta compensar a perda pela inflação, que, no passado, foi de 5,84% (IPCA). Representantes sindicais criticaram.
Com os 8%, o piso salarial de início de carreira, de 40 horas, passará a R$ 2.257,84. O valor de 2013, que vale a partir de 1.º de julho, representa um aumento de R$ 44,28 em relação ao previsto anteriormente para o ano. Em 2014, com os 7% de reajuste previsto, o valor será de R$ 2.415,89.
A Apeoesp entende que o reajuste não representa ganho real. "Pelo menos demonstra que (a política) não vai ficar congelada, mas o problema é o porcentual. Os dois pontos são vergonhosos", diz a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha. "Não houve compensação da inflação do ano passado e de 2011. Teria de ser, no mínimo, 12% neste para se falar em ganho real."
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