Brasileiro gastou R$ 8.000 e não conseguiu fazer mestrado
Após se formar em engenharia eletrônica pela Unip, em 2011, Breno Brigatto decidiu fazer um mestrado (Master of Science) numa instituição da Inglaterra. Após gastar cerca de R$ 8.000 --R$ 2.000 apenas com as traduções juramentadas e R$ 6.000 em passagens aéreas --, ele foi informado, já no exterior, que a instituição não o aceitaria.
Ele relata que a universidade justificou a "reprovação" por causa das suas notas -- ele precisava de média 8 e tinha 7,8. “Fiquei indignado, pois essa informação não constava em nenhum lugar", argumenta Brigatto. Segundo ele, o funcionário da instituição "acabou dizendo que essa média era um ‘critério interno’ por eu ter me formado numa universidade particular brasileira”.
No final das contas, Brigatto optou por estudar inglês nos seus cinco meses de estadia na Inglaterra -- o que deu a ele um nível suficiente para obter seu emprego atual no Brasil, no ramo de petróleo. “Talvez no futuro tente um curso a distância, mas para isso precisarei ao menos de uma pós com notas muito boas”, conclui.
Cuidado antes de ir
Brigatto conta ter sido cuidadoso em cumprir todas as exigências da universidade antes de embarcar: realizou teste de proficiência (IELTS) com nota acima de 6, reuniu todos os seus documentos escolares, fez cópias e tradução juramentada, buscou cartas de recomendação e tinha poupado dinheiro para pagar o curso e se sustentar na Inglaterra durante o período.
Embarcou com o intuito de fazer a inscrição diretamente na instituição. “Estava bem confiante e empolgado, pensando que se não desse no primeiro semestre, eu tentaria no segundo.”
Ele acredita que os critérios deveriam ser claros “para evitar que a pessoa perca seu tempo e seu dinheiro.”
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