Estudante faz disparo acidental em banheiro de escola municipal no Rio
Um aluno de 14 anos fez um disparo acidental no banheiro da Escola Municipal Goiás, localizada em Piedade, zona norte do Rio, na quarta-feira (19). Ele estava exibindo a pistola calibre 380 para três colegas quando o tiro aconteceu.
A arma pertence ao padrasto do adolescente, que é policial militar. Segundo a polícia, estilhaços da bala atingiram o pátio da escola. Contudo, ninguém ficou ferido.
Para o delegado da 24ª DP (Piedade), Hércules Nascimento, que investiga o fato, o trabalho da polícia aponta para um disparo acidental por parte do menino, que pegou a arma escondido do padrasto.
No depoimento, o aluno autor do disparo disse que estava com a arma para se proteger de ameaças de outro adolescente "O estudante alega que foi a uma festa na semana passada e que, nessa festa, ficou com uma garota. Isso teria desagradado um outro menor. O estudante, segundo disse no depoimento, estaria andando com a arma para se proteger desse garoto", contou o titular da distrital.
Consequências
Ainda de acordo com o delegado a arma é legalizada. Com o acidente, o padrasto do garoto responde por falta de cautela ao guardar a arma, conforme prevê o estatuto do desarmamento. O estudante, por sua vez, por porte e disparo de arma de fogo , além de crime de exposição à vida de terceiros, em razão da presença dos três colegas no momento do disparo.
A coordenadora da Escola Municipal Goiás, que se identificou apenas como Sônia, informou que não havia crianças no pátio no momento do disparo e que a instituição "tomou as providências cabíveis". "Todas as crianças estavam em sala quando tudo aconteceu. Nós chamamos a guarda municipal, a polícia e os pais do menino. Cabe agora a CRE (Coordenadoria Regional de Educação) tomar a decisão sobre o aluno", declarou.
Secretaria
A Secretaria Municipal de Educação informou por meio de nota que, de acordo com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação, já foi aberta uma sindicância para apurar o caso. Ainda de acordo com o texto, a Secretaria diz que não admite esse tipo de conduta nas unidades escolares e a direção vai aplicar o Regimento Escolar Básico.
Entre outras medidas de caráter pedagógico e disciplinar para os alunos, o regimento prevê punições que vão da advertência ao encaminhamento dos casos mais graves aos conselhos tutelares. A nota é encerrada informando que uma equipe do Niap (Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares), formado por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, vai acompanhar o caso.
A reportagem do UOL tentou localizar o padrasto do menino por meio da Polícia Militar, mas a PM não autorizou o policial a falar.
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