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Servidores de três universidades do CE mantêm greve que dura mais de um mês

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

21/11/2013 20h17

Professores e servidores da Uece (Universidade Estadual do Ceará), da Urca (Universidade Regional do Cariri) e da UVA (Universidade Vale do Acaraú) mantêm a greve que já dura mais de um mês.

Dentre as reivindicações da categoria estão a regulamentação do PCCV (Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos) dos professores, a reposição dos professores aposentados, a contratação de servidores técnico-administrativos, o aumento do número de bolsas de estudo com equiparação dos valores com a bolsa do CNPq e a resolução da situação do campus de Itapipoca, que deverá ser incorporada à Facedi (Faculdade de Educação de Itapipoca).

O comando de greve deverá se reunir na próxima terça-feira (26) com o reitor da Uece, Jackson Sampaio, e o deputado estadual José Sarto (Pros), líder do governo na Assembleia Legislativa, para tentar chegar a um acordo e voltar às atividades acadêmicas.

Os grevistas querem que a pauta de reivindicações seja discutida pessoalmente com o governador  do Ceará, Cid Gomes (Pros).

O Governo do Estado informou, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, que só irá abrir as negociações com os líderes da greve quando o movimento for encerrado.

Sem aulas

Na quarta-feira (20), professores e servidores técnicos e administrativos das três universidades estaduais do Ceará não entraram em acordo durante a reunião entre o reitor da Uece e o deputado estadual José Sarto (Pros). O encontro durou cerca de quatro horas. Os servidores deflagraram greve no dia de 17 de outubro.

A presidente do Sinduece (Sindicato dos Docentes da Uece), Elda Maciel, destacou que pela primeira vez tanto os professores e servidores como os alunos estão engajados no movimento “porque há carência na assistência ao estudante”.

“Temos um déficit de 800 professores nas três universidades, sem apoio também de monitores e bolsas para iniciação científica. Estamos trabalhando com estruturas precárias, prédios abandonados, sem restaurantes universitários, alojamentos, entre outras deficiências, por isso todos nós estamos reivindicando ações de melhorias nas estruturas das três universidades”, disse.

Segundo dados do Sinduece, a greve de dois mil professores deixou mais de 45 mil estudantes sem aula. “Os primeiros a entrar em greve foram os docentes e servidores da Uece, depois o movimento engrandeceu com a adesão dos da Urca e da UVA”, destacou Maciel.