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31 de março ou 1° de abril: Dia do golpe é motivo de disputa

Militares se movimento em frente ao Ministério do Exército no dia 2 de abril de 1964 no Rio de Janeiro - memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/Arquivo Nacional
Militares se movimento em frente ao Ministério do Exército no dia 2 de abril de 1964 no Rio de Janeiro Imagem: memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/Arquivo Nacional

Cristiane Capuchinho

Do UOL, em São Paulo

27/03/2014 17h14

A história sobre o movimento que depôs o presidente João Goulart em 1964 tem diversas versões. 50 anos após o acontecido, historiadores ouvidos pelo UOL Educação explicam a diferença entre dizer que o golpe de Estado aconteceu no dia 31 de março ou no dia 1° de abril.

31 de março ou 1° de abril

As primeiras movimentações militares começam na madrugada do dia 31 de março para o dia 1° de abril de 1964. Até o dia 2 de abril o país passa por um processo de derrubada do presidente, que termina quando o Congresso declara vaga a presidência e empossa Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara dos Deputados.

"O processo pode ter começado no dia 31 de março, mas o regime se fez viger mesmo no dia 1° de abril", pontua Marcos Antonio Silva, professor de história da USP (Universidade de São Paulo). O fato de militares e defensores do movimento comemorarem o dia 31 de março como data da "revolução" é uma tentativa de fugir de brincadeiras com o dia da mentira. "Quem implantou a ditadura quis fugir das piadas, que chamassem de regime da mentira."

"A melhor data para marcar o golpe é o dia 1° de abril, antes disso o presidente João Goulart ainda estava no poder", considera Luiz Antonio Dias, historiador da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

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