'Nenhuma mulher deveria passar por isso', diz mãe de aluna estuprada em SP
A mãe da menina de 12 anos estuprada em uma escola da zona sul de São Paulo diz que a filha está triste e espera a punição dos três adolescentes suspeitos do ato. O caso ocorreu na terça (12) dentro do banheiro masculino da Escola Estadual Leonor Quadros e foi publicado ontem (18) pelo UOL.
“É a pior violência que pode acontecer, nenhuma mulher deveria passar por isso. [O estupro] Machuca não só o corpo, machuca também os sentimentos da pessoa”, afirma. A garota está em casa se recuperando do trauma. Os jovens suspeitos estão soltos. A denúncia foi encaminhada pelo WhatsApp do UOL (11) 97500-1925.
“No dia, ela ficou com muita vergonha da gente [a família], se sentia suja, não queria falar muito sobre o aconteceu”, afirma a mãe. “Eu fiquei destruída quando ela me contou. Você, como mãe, quer imediatamente apagar tudo que ela passou, mas isso é impossível.”
A garota foi abordada por um dos garotos na tarde de terça, quando voltava para a sala de aula após o intervalo. “Ele deu uma chave de braço e levou ela para dentro do banheiro, onde os outros dois já estavam. Eu acredito que eles já estavam de olho, planejando alguma maldade contra ela”.
Segundo a mãe da vítima, a menina e os três garotos, que também são alunos da escola, ficaram cerca de uma hora fora da sala de aula. “Não é possível que ninguém tenha notado a ausência dela, não ter um funcionário andando na escola, ninguém ver que a porta do banheiro estava trancada. Não é possível que tenham deixado ela sofrendo por tanto tempo”, diz.
A vítima entrou na escola neste ano e não era amiga dos suspeitos. À família, ela contou que conhecia de vista apenas um dos garotos que estariam envolvidos no estupro.
A mãe conta que já procurava outra escola para a filha quando a violência aconteceu. Ela diz que relatos de vandalismo e uso de drogas são comuns na unidade. “Eu já queria mudar ela de escola. Tem muita bagunça, muito vandalismo, aluno que fuma dentro do colégio. É um lugar que não era para acontecer nenhuma dessas coisas”.
O caso é investigado pela Polícia Civil.
Em nota, a secretaria de Educação afirmou que a direção da escola "solicitou atendimento médico emergencial e comunicou seus responsáveis" depois de ser procurada pela aluna, que relatava estar com "falta de ar". A escola diz que os alunos foram transferidos para outras unidades.
“O meu foco principal agora é cuidar da saúde mental e física da minha filha, com todo o amor. Em segundo lugar, quero que esses três garotos sejam penalizados como adultos, que isso não aconteça nas escolas”, afirma
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