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Napoleão: 6 curiosidades e lendas sobre essa personalidade histórica

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Do UOL, em São Paulo

18/06/2015 06h00

Há 200 anos, em 18 de junho de 1815, acabava o império de um dos principais estrategistas militares da história, o francês Napoleão Bonaparte (1769-1821).  Em seu auge, o império napoleônico ocupou boa parte da Europa, acumulando quase um terço da população do continente.

A queda de Napoleão aconteceu na Bélgica, no episódio conhecido como Batalha de Waterloo. Depois de retomar o poder por mais de três meses, no período chamado de Governo dos Cem Dias, Waterloo marcou o fim da carreira política de Napoleão. 

O UOL separou seis curiosidades sobre o líder, conhecido por sua personalidade forte:

1) Casar de branco

Para o evento de sua coroação, em 1804, Napoleão mandou confeccionar trajes brancos seguindo o modelo de sua esposa Josefina. Durante a cerimônia, o papa Pio 6º também oficializou o casamento deles. Antes de Napoleão e Josefina, as pessoas se casavam com trajes de qualquer cor. Depois do casal, a opção do branco começou a se popularizar.

Outra relação entre Napoleão e a moda é a lenda de que os botões presentes nas mangas de paletós e casacos foram ideia dele. O imperador gostava que suas tropas estivessem alinhadas e bem vestidas -- ele não gostava que os soldados limpassem o nariz e a boca nas mangas da farda. Por isso, ordenou que oito botões de metal fossem colocados no local, a fim de evitar tal atitude. Com menos botões, o design dos trajes permanece até hoje. 

Ciclistas passam pelo Arco do Triunfo na França - Reuters - Reuters
Imagem: Reuters

2) Arco do Triunfo: monumento às vitórias das tropas napoleônicas

O Arco do Triunfo, em Paris, é parada turística obrigatória para quem vai para a França. Mas nem todo mundo sabe que os desenhos do monumento fazem referência a batalhas travadas pelas tropas napoleônicas.

Ele foi construído em 1805, quando o exército francês fazia uma campanha militar para lá de bem sucedida. Naquele ano, o império conseguiu uma de suas principais vitórias na Batalha de Austerlitz, numa região que corresponde à atual República Tcheca. Nesse confronto, o exército francês venceu as tropas austro-russas, apesar de ter menor número de soldados que o inimigo. Os historiadores consideram a batalha uma obra-prima tática de Napoleão, o que evidenciou sua genialidade como estrategista militar.

O monumento contém gravados os nomes de 128 batalhas e 56 generais. Apesar de ter planejado a homenagem, Napoleão nunca chegou a ver o Arco do Triunfo pronto. A obra só ficou pronta em 1836, 15 anos após a morte do imperador e 21 anos após a derrota em Waterloo. 

Napoleão Bonaparte abdicando em Fontainebleau - Wikimedia Commons - Wikimedia Commons
Imagem: Wikimedia Commons
 

3) O imperador sem pênis

Napoleão morreu em 1821, na Ilha de Santa Helena. No entanto, o corpo não foi sepultado com todos os órgãos. O pênis do imperador teria sido amputado horas depois de sua morte. A principal hipótese para explicar esse fato é que a amputação tenha sido feita durante a autópsia, pelo médico francês Francesco Antommarchi.

A relação de Antommarchi com Napoleão era pouco amistosa. Enviado para cuidar do câncer de estômago do imperador, o anatomista pouco entendia do assunto. O fato irritou Bonaparte, que o recebia com insultos e cusparadas. A amputação teria sido uma vingança do médico.

Mais de um século depois, a relíquia reapareceu nos Estados Unidos, guardada pelo urologista John Lattimer. Segundo a Time, Lattimer permaneceu com o órgão até sua morte em 2007. A filha que herdou a relíquia deseja leiloá-la. O preço inicial é 100 mil dólares (cerca de R$ 310 mil).

Chapéu usado por Napoleão Bonaparte é leiloado por quase 2 milhões de euros - France Presse- AFP - France Presse- AFP
Imagem: France Presse- AFP

4) Chapéu leiloado por R$ 6,5 milhões

Em 2014, um chapéu de duas pontas, usado por Napoleão, foi leiloado por 1,89 milhão de euros – cerca de R$ 6,5 milhões. Dos 120 chapéus que o imperador usou durante seu governo, 19 foram encontrados. Boa parte deles está em coleções de franceses.

Pedra de Roseta - Wikimedia Commons - Wikimedia Commons
Imagem: Wikimedia Commons

5) Solução do enigma dos hieróglifos

Napoleão teve um papel essencial para decifrar os hieróglifos egípcios, um dos mais antigos sistemas de escrita do mundo. Durante a invasão do Egito, em 1798, Napoleão levou um grupo de estudiosos, que deveria trazer à França todos os patrimônios de interesse cultural ou artístico.

Um dos soldados de Napoleão encontrou uma pedra de granito, que continha inscrições em três tipos de escrita: grego, hieróglifo egípcio e demótico. Mesmo com diferentes caligrafias, o texto inscrito na Pedra de Roseta, como ficou conhecida, continha o mesmo significado. Foi, portanto, essencial para resolver o enigma dos hieróglifos.

Maria I, rainha de Portugal - Wikimedia Commons - Wikimedia Commons
Imagem: Wikimedia Commons

6) Anticristo?

A rainha portuguesa Maria 1ª, apelidada de Maria, a Louca, acreditava que Napoleão seria o “anticristo”. Portugal era um dos alvos do imperador, pois o país era aliado e tinha fortes laços comerciais com a Inglaterra. Napoleão havia proibido o comércio com os ingleses, no ato que ficou conhecido como Bloqueio Continental -- e por causa dele, a família real portuguesa fugiu para o Brasil em 1808.

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