MEC anuncia ofício para "coibir excessos" de professores e evitar suicídios
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou hoje que o MEC enviou para escolas de educação básica de todo país um documento chamado "Escola de Todos", com o intuito de "coibir excessos" dos educadores e propiciar um "ambiente sadio" para os estudantes, onde eles não estejam sujeitos a automutilação e suicídio.
No documento estão presentes diretrizes de ensino baseadas "no pluralismo de ideias, de concepções pedagógicas, respeito às diferenças, tolerância, combate ao bullying, à automutilação e ao suicídio e a não exposição à propaganda político-partidária dentro da instituição de ensino".
De acordo com o ministro, o documento se baseia na legislação brasileira e é "razoável". Ele explicou que essa não é uma perseguição aos professores e sim, aos excessos, já que o ambiente para as crianças menores precisa ser "focado em alfabetização e não em política".
Weintraub não apresentou dados sobre a relação entre discussão política e suicídio, mas contou que teve um aluno que tirou a própria vida por discordâncias políticas em sala de aula. Ele também não informou quais tipos de diretrizes serão repassadas às escolas e nem mostrou estudos ou levantamentos que tenham sido utilizados para fundamentar a nova cartilha.
Quando perguntado se teorias como o criacionismo estão incluídas no conceito de "pluralidade de ideias" apresentado do documento, o ministro ressaltou que "criacionismo não é biologia".
O ministro ainda destacou que o ofício faz parte de uma ação conjunta com outros ministérios para combater o suicídio.
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