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Sem consenso, Rio não tem data para volta às aulas em escolas particulares

6.jun.2020 - O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), em coletiva de imprensa sobre a flexibilização da quarentena - Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo
6.jun.2020 - O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), em coletiva de imprensa sobre a flexibilização da quarentena Imagem: Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Igor Mello

Do UOL, no Rio

29/06/2020 18h26Atualizada em 29/06/2020 19h53

Ainda não há previsão para que as escolas particulares possam retomar as aulas no Rio de Janeiro. Segundo o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), não houve acordo em uma reunião com representantes das instituições de ensino e representantes sindicais, entre outros atores envolvidos.

A prefeitura chegou a divulgar a possibilidade de um retorno gradual às aulas no dia 15 de julho, com a opção de que tanto alunos quanto professores continuassem em casa caso não se sentissem seguros para voltar às escolas.

No entanto, Crivella afirmou que representantes do magistério apontaram que os profissionais poderiam se sentir coagidos a trabalhar pelos empresários do setor caso tudo fosse feito nesses moldes.

"O sindicato dos professores diz que se for voluntário o dono da escola vai obrigar o professor a vir. Essa foi a dúvida que realmente ocorreu", lamentou.

De acordo com Crivella, as exigências feitas para o retorno serão as mesmas em escolas públicas e privadas.

"Não tem diferença nenhuma. Uma criança da rede privada tem que ter o mesmo cuidado da rede pública", afirmou. "[O protocolo] Não foi divulgado porque não houve acordo".

Rede pública não tem previsão de volta

Apesar das discussões acerca do retorno das escolas particulares, Crivella afirmou que ainda não está sequer cogitada a possibilidade de volta às aulas na rede municipal de ensino.

O prefeito afirmou que a opção por focar em um primeiro momento na rede particular tem como objetivo avaliar outros pontos da reabertura da cidade, como o trânsito e a ocupação do transporte público.

"A escola pública não foi colocada em discussão. Não há previsão de retorno", disse.

Apesar disso, Crivella manifestou a intenção de testar todas as merendeiras da rede municipal, para avaliar a possibilidade de reabrir as cozinhas das escolas e oferecer refeições para as crianças de famílias sem renda por conta da pandemia.

"Seria opcional. Nos sábados, 20 mil crianças iam às escolas para tomar café e almoçar", comparou.