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Marcos Pontes diz que órgãos de pesquisa devem sofrer cortes no ano que vem

O ministro da Ciência,Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse que corte será dentro do "nosso orçamento que já é baixo" - Kleyton Amorim/UOL
O ministro da Ciência,Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse que corte será dentro do "nosso orçamento que já é baixo" Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Coloboração para o UOL, em São Paulo

17/08/2020 13h36Atualizada em 17/08/2020 14h52

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, afirmou que o repasse para os órgãos de pesquisa terão cortes no próximo ano. Porém, os orçamentos não serão zerados.

"Temos dificuldades fiscais, o orçamento é baixo. Nós já tínhamos de antemão do Ministério da Economia a possibilidade de um corte de 15% a 18% no nosso orçamento que já é baixo. Falam que reclamo do orçamento, mas sou ministro da área e tenho que falar das dificuldades", disse em entrevista à rádio Jovem Pan.

Pontes contou que, em 2019, mesmo com o corte 42%, ele conseguiu fazer uma "blindagem" no orçamento nas unidades de pesquisa e nas bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

"Confesso que está difícil com o nível de orçamento que a gente ficou, então provavelmente algum repasse de corte vai ser feito para as unidades de pesquisa, mas não a zero", disse.

Contudo, em entrevista à GloboNews em agosto do ano passado, o ministro afirmou que bolsas de pesquisadores corriam o risco de não serem pagas por falta de recursos.

Em 2020, em março, o governo federal fez uma portaria mudando as áreas de prioridades do órgão de pesquisa, focando em tecnologia em detrimento das ciências humanas e outras.

O ministro prometeu que dentro de algumas semanas ele terá um panorama melhor sobre os próximos passos. "O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais tem uma situação interessante porque ele recebe orçamento do ministério e da agência espacial. Tudo isso será analisado e em algumas semanas teremos uma resposta definitiva", completou.

O ministro acrescentou que há um outro problema na pasta, que é a questão dos pesquisadores.

"Os nossos cientistas estão ficando velhos, temos todo um trabalho a ser feito com diretores dos institutos, unidades de pesquisa e com o ministério da Economia para resolver a questão, já que não temos concurso público", concluiu.