OCDE: 35% dos alunos estavam em escolas com ensino online no pré-pandemia
Apenas um terço dos alunos brasileiros de 15 anos estudava em escolas com plataformas de ensino online consideradas como eficientes por seus diretores em 2018 —antes da pandemia do novo coronavírus. É o que mostra o relatório "Políticas Eficazes, Escolas de Sucesso", divulgado hoje pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
No documento, são analisadas as práticas usadas nos sistemas educacionais de 79 países e regiões que participaram da edição de 2018 do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), principal avaliação da educação básica no mundo, que tem como público-alvo estudantes com 15 anos de idade.
No Brasil, segundo o relatório, 35% dos estudantes dessa faixa etária estudavam em escolas cujos diretores consideraram existir uma plataforma eficiente de apoio ao aprendizado online. Além disso, apenas 26% dos alunos estudavam em escolas em que os diretores avaliaram existir boa conectividade de internet.
As condições de acesso dos alunos ao ensino remoto passaram o ocupar o centro dos debates na área da educação, no Brasil, em março de 2020, quando as escolas tiveram de ser fechadas como parte das medidas de contenção contra a disseminação do novo coronavírus.
Desde então, estados e municípios vêm adotando diferentes estratégias para implementar e manter o ensino remoto e minimizar os impactos do fechamento das escolas —na maior parte dos estados, as aulas presenciais ainda não foram retomadas nas escolas públicas nem nas privadas.
O relatório da OCDE mostra que, em 2018, as regiões Norte e Nordeste eram as que menos tinham alunos em escolas com boa conectividade de internet: 19,5% e 16,4%. Já no Sul e Sudeste, essas proporções subiam para 35,4% e 32,5%, respectivamente.
Além disso, de acordo o documento, 35,1% dos alunos brasileiros na faixa dos 15 anos estudavam, em 2018, em escolas com estrutura insuficiente ou inadequada, segundo a avaliação dos próprios diretores. Os critérios avaliados envolvem desde as condições do prédio onde fica a escola até questões como luminosidade e funcionamento de sistemas de aquecimento ou resfriamento.
Computadores
O levantamento mostra ainda que o Brasil é o segundo país com menor quantidade de computadores por aluno entre os países e regiões avaliados pelo Pisa, ficando atrás apenas do Marrocos.
Enquanto a média dos países-membros da OCDE foi de cerca de um computador por aluno, no Brasil a proporção foi de menos de 0,5 por estudante. Ficam à frente do Brasil países como Kosovo, Montenegro, Albânia, Grécia, Turquia e Vietnã.
Em países como Áustria, Islândia, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos, a relação encontrada foi de 1,25 ou mais computadores por aluno.
Luxemburgo é o país com maior proporção de computadores por aluno, com mais de 1,5 equipamento disponíveis para cada estudante.
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