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SP: Aluno que não entregar nº mínimo de atividades será reprovado em 2020

Quem não entregar o mínimo de atividades exigidas terá de fazer recuperação para passar de ano - shaunl/Getty Images/iStockphoto
Quem não entregar o mínimo de atividades exigidas terá de fazer recuperação para passar de ano Imagem: shaunl/Getty Images/iStockphoto

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo

11/11/2020 10h12Atualizada em 11/11/2020 11h47

Alunos da rede estadual de ensino em São Paulo precisarão entregar um número mínimo de atividades exigidas pela escola para serem aprovados em 2020. Caso não entregue, o estudante poderá ser reprovado e cursar o mesmo ciclo novamente em 2021.

Por causa da pandemia, a Secretaria de Educação desenvolveu o conceito de "ciclo de aprendizagem 2020-2021". A ideia é que todo o aprendizado previsto para esses dois anos seja avaliado de maneira única ao final de 2021. A exceção é para os alunos do 3º ano do Ensino Médio, que não precisarão fazer em 2021 o 4º ano, que foi criado temporariamente e é opcional.

"Importante alertar as famílias e os próprios estudantes: existe sim [um número mínimo de atividades]. A escola vai estar avaliando isso como um mínimo. Mesmo que você não alcance aprendizagens realizadas você poderá prosseguir, desde que tenha esse mínimo", afirmou o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, durante entrevista coletiva na manhã de hoje.

O secretário afirmou que o modelo não se trata de uma progressão automática e que os alunos que não entregarem as atividades serão notificados pela escola.

Aluno pode ser aprovado se fizer recuperação

Os alunos que não entregarem o número mínimo de atividades exigidas pela escola ainda terão uma oportunidade de serem aprovados no ano letivo se fizerem aulas de recuperação em janeiro.

Por ser um mês de férias escolares, o secretário afirmou que o estado vai contratar professores para esse período e oferecer remuneração extra para aqueles que abrirem mão do descanso para dar aulas.

De acordo com Soares, as aulas de reforço acontecerão tanto no formato a distância quanto presencial.

"O professor ou professora que quiser suas férias para descansar, merecidamente as terá. Para aquele professor que quer ganhar um extra, quer fazer alguma atividade a mais, vamos dar a possibilidade. E vamos contratar mais professores para esse período para dar oportunidade aos nossos jovens", disse.

Diagnóstico de aprendizagem

Duas avaliações obrigatórias serão feitas para identificar as aprendizagens essenciais ainda não desenvolvidas pelos alunos. A primeira será em dezembro de 2020, e a segunda, em fevereiro de 2021. A partir do diagnóstico, os professores e as escolas farão planos de recuperação e reforço, se necessários.

Segundo o governo, uma atenção especial será dada aos estudantes do ensino fundamental em processo de alfabetização e aos alunos dos anos finais do fundamental e do ensino médio.

Aulas presenciais em 2021

O secretário afirmou também que a expectativa é que as aulas no ano que vem sejam 100% presenciais, apesar de não haver a garantia de que haja uma vacina ou remédio eficaz contra o coronavírus até lá.

Questionado sobre a possibilidade de uma segunda onda da pandemia afetar o estado, o secretário afirmou que houve muito aprendizado na primeira onda e que os estudantes não ficarão sem receber conteúdo.

"Acho que tem coisas que a gente já aprendeu e que ficaram. O uso da tecnologia é fundamental nesse momento, independentemente de a pandemia voltar na segunda onda ou não, assim como é muito claro que o presencial é insubstituível", declarou.

Calendário do ano que vem

Em relação ao período letivo de 2021, o governo anunciou as datas de início das aulas, recessos e férias:

  • Férias quinzenais de janeiro: 1º a 15/1
  • Semana de recesso de janeiro: 18 a 25/1
  • Início das aulas: 1º/2
  • Semana de recesso em abril: 19 a 25/4
  • Férias quinzenais de julho: 6 a 20/7
  • Semana de recesso em outubro: 11 a 17/10