MP solicita que governo do RN determine volta das aulas presenciais
O MPRN (Ministério Público do Rio Grande do Norte) solicitou em ação civil pública que o governo do estado autorize a volta das aulas presenciais em todos os níveis da educação básica. O pedido é válido para instituições públicas e privadas e deve ser feito de "forma híbrida, gradual, segura e facultativa", segundo os dez signatários do documento.
O embasamento do pleito é que a educação seria uma atividade essencial e, por isso, não poderia ser paralisada durante essa fase da pandemia. A ação explica que o retorno deve seguir todos os protocolos de segurança vigentes e outras medidas estipuladas pelo governo local e nacional.
Uma das grandes preocupações do MPRN com a situação atual é a desigualdade do retorno à escola, que seria priorizado apenas para os alunos do ensino privado e daria desvantagem aos estudantes da rede pública. Com o novo decreto que entrou em vigor ontem, a ação acredita que ela "estabelece marco diverso para retomada da mesma atividade e, portanto, com os mesmos riscos epidemiológicos, elegendo como fator de diferenciação o fato de os estabelecimentos pertencerem à rede pública ou privada, o que gera discriminação odiosa, acentuando as desigualdades em vez de reduzi-las, como quer a Constituição Federal".
Na ação, ainda é argumentado que as crianças e adolescentes de famílias em níveis socioeconômicos mais baixos são muito afetadas pela pandemia por diversos motivos, incluindo a falta de educação presencial. Para o MP, o novo decreto e o momento no estado intensificam a desigualdade social já existente.
Outro ponto de urgência ressaltado pelo documento é o tempo de paralisação da educação. Na rede municipal e estadual do Rio Grande do Norte, as aulas presenciais foram suspensas em março do ano passado e, desde então, não houve retorno. Na segunda-feira, o estado manteve o toque de recolher, mas flexibilizou o horário do comércio não essencial e ampliou o funcionamento de academias e igrejas. O decreto vale até o dia 16 de abril.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.