Prefeitura de SP fica abaixo de meta para testar professores para covid
Pela segunda vez, a gestão de Bruno Covas (PSDB-SP) ficou abaixo de sua meta na testagem de profissionais de educação na capital paulista.
Na semana passada, a Secretaria Municipal de Educação informou que tinha a expectativa de testar 140 mil profissionais entre 5 e 8 de abril. No entanto, segundo informou a pasta, apenas 51.452 amostras foram coletadas, o que equivaleria a 37% do esperado.
Questionada pelo UOL sobre a baixa adesão, já que a testagem era opcional, a secretaria informou que o número de 140 mil se referia ao total de profissionais, não à expectativa da prefeitura para a ação.
Além disso, a pasta disse ter feito uma divisão dos profissionais. "A primeira fase foi realizada entre 5 e 8 de abril, previa 73.600 profissionais testados e foram coletadas 51.452 amostras (70% do previsto). A segunda fase prevê testar 52.227 profissionais", disse em nota. Ainda ficaram de fora 14 mil pessoas, que a secretaria não explicou por que não seriam examinados.
A divisão foi feita depois do anúncio na semana passada, já que, em nota enviada ao UOL, a prefeitura havia informado que a expectativa da ação era testar 140 mil profissionais nesse período.
No ano passado, dez dias após o início de sua campanha à reeleição, Covas prometeu a testagem de covid-19 para categoria e alunos. Entretanto, os testes foram interrompidos em dezembro após atingir apenas 17,7% da meta. Na época, a justificativa foi a readequação do calendário de retorno às aulas.
Desta vez, o público-alvo eram professores, gestores, auxiliares, merendeiras, motoristas das vans escolares e equipes do serviço de limpeza. Profissionais da rede parceira, que incluem as creches conveniadas, não participaram da primeira fase de testes, segundo a prefeitura.
A baixa adesão não foi o principal problema da testagem feita pela gestão tucana em 2021. Professores e sindicatos reclamaram de aglomerações e filas nos CEUs (Centros Educacionais Unificados), onde acontecia a medida, e criticaram o uso do teste sorológico.
Médicos epidemiologistas ouvidos pela reportagem explicaram que o teste sorológico, que informa os anticorpos contra o vírus, nem sempre oferece os resultados mais acertados.
"Ter a imunoglobulina não significa ter proteção, pois depende da presença de anticorpos neutralizantes ou da defesa celular", disse a doutora em ciências da saúde e professora adjunta de saúde coletiva da UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), Maria Aparecida Patroclo.
Por telefone, a Secretaria Municipal da Saúde disse não ter todos os resultados das amostras, que o estudo está em andamento e será divulgado oportunamente.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.