SP: Capital confirma volta às aulas em 2 de agosto; creche receberá até 60%
A Prefeitura de São Paulo confirmou hoje que as escolas municipais retornam às aulas presenciais, sem limite em relação à capacidade —exceto para as creches—, a partir do dia 2 agosto. Com o anúncio, as redes municipal, estadual e particular de São Paulo poderão retomar as atividades presenciais em massa no segundo semestre.
"Continuamos seguindo a recomendação da [secretaria municipal de] Saúde. No caso da CEIs, que são as creches, de zero a três anos, haverá uma limitação de 60%. Não há rodízio, portanto há essa limitação", afirma o secretário municipal da Educação, Fernando Padula.
Já as outras modalidades podem receber até 100% dos estudantes ou dividir em duas turmas, se houver necessidade. A gestão de Ricardo Nunes (MDB) estima que 589 EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) terão que dividir os alunos em duas turmas.
A presença dos estudantes, entretanto, continua opcional. Já os alunos com comorbidade, segundo Padula, devem manter as atividades no ensino remoto.
Protocolos sanitários continuam
A rede municipal seguirá os mesmos protocolos sanitários contra a covid-19 anunciados pelo governo estadual:
- Distanciamento de 1 metro entre os alunos;
- Uso de máscara;
- Aferição de temperatura.
A prefeitura afirma que foram investidos mais de R$ 200 milhões neste ano para compra de materiais de higiene e garantia da segurança nas aulas presenciais. O trabalho das mães guardiãs também será feito para ajudar as escolas no cumprimento dos protocolos —o programa foi criado na pandemia e as mães recebem até R$ 1.155 para isso.
Uma outra mudança anunciada pela capital foi uma redução de 30 minutos na jornada das EMEIs. "A jornada da EMEI era das 7h ao meio-dia e do meio-dia às 17h, de maneira ininterrupta. Com esse tempo [de 30 minutos] será possível agora fazer a organização e limpeza [das escolas]", disse Padula.
30% dos alunos não entregaram tarefas ou somente parte das atividades
O secretário de Educação da capital também falou sobre as perdas de aprendizado durante a pandemia. Para isso, a rede usou dados da Prova São Paulo de 2019 e da avaliação diagnóstica do ano passado.
"Aqueles alunos que estavam com proficiência boa, caíram [nos índices de aprendizado]", disse Padula. Já os estudantes que estavam em níveis abaixo do básico, permaneceram na mesma faixa.
A prefeitura tem feito um trabalho de busca ativa de alunos que estão propensos a abandonar as atividades escolares, de acordo com o secretário. Trabalhos de recuperação serão feitos no contraturno, para ajudar os alunos.
Para quem enfrenta dificuldades na escrita e leitura, mesmo fora do ciclo de alfabetização (1º ao 3º ano do fundamental), o município promete que serão oferecidos grupos de estudo com até 12 estudantes.
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