SP: Secretário diz que desnível entre alunos é desafio em volta presencial
O secretário de educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse hoje que o desnível entre alunos é um dos principais desafios no retorno obrigatório às aulas presenciais. Em entrevista à TV Globo, Rossieli reafirmou a importância da presença do aluno na sala de aula para o ensino de crianças.
Desde o dia 18 de outubro o governo de São Paulo autorizou as escolas estaduais, municipais e particulares a exigirem a presença obrigatória dos estudantes. Na prática, a medida passa a ter maior alcance hoje, com o fim da exigência de distanciamento de 1 metro entre os alunos.
"Vamos chegar com muito desnível. Numa sala de aula, por exemplo, o professor terá alunos que avançaram mais porque a família teve condições, outros as famílias não tiveram condições de apoiar, então avançou muito menos. A diferença vai ser muito grande, é um novo desafio nestes níveis", disse Rossieli.
Até a semana passada, parte das escolas do estado de São Paulo ainda funcionava no sistema de rodízio, uma vez que a exigência de um metro de distanciamento fazia com que em algumas delas não fosse possível comportar todos os estudantes ao mesmo tempo.
Para Rossieli, a volta presencial dos alunos nas escolas estaduais é fundamental principalmente para os alunos que estão em processo de alfabetização.
"O primeiro grande passo é a volta às aulas, estar dentro da escola vindo regularmente, presencialmente, com a presença do professor. Sala de aula é insubstituível. Tecnologia ajudou bastante, mas para um processo de alfabetização por exemplo e sala de aula é insubstituível", disse.
Na rede municipal, as cidades que têm Conselho Municipal de Educação possuem autonomia para definir como será o retorno presencial. Na capital paulista, o retorno presencial dos alunos também é obrigatório na rede municipal.
Máscaras
O uso de máscara dentro da escola ainda será obrigatório. As unidades também devem disponibilizar álcool gel e aferir a temperatura (caso o aluno apresente 37,5° ou mais, deve ser encaminhado para casa).
A presença só não será obrigatória na rede estadual para:
- gestantes e puérperas;
- estudantes com comorbidades com idade a partir de 12 anos que não tenham completado seu ciclo vacinal contra covid-19;
- menores de 12 anos pertencentes ao grupo de risco para covid-19, para as quais não há vacina aprovada no país;
- estudantes em condição de saúde de maior fragilidade à covid-19, mesmo com o ciclo vacinal completo (obrigatória prescrição médica).
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