Aluno com paralisia pula corda no colo de professor e gesto emociona mãe

Um gesto de inclusão escolar de um professor de educação física emocionou a família de um garotinho de Londrina (PR). Gean Sampaio, de 26 anos, aparece pulando corda carregando nos braços um aluno de 6 anos, portador de paralisia cerebral.

A inclusão promovida pelo professor durante as atividades de educação física em uma escola paranaense foi gravada em meados de 2021, mas ganhou repercussão somente no início de fevereiro deste ano após diversas páginas nas redes sociais compartilharem o gesto, incluindo perfis estrangeiros.

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Nas imagens, Gean aparece carregando o aluno - chamado Heitor - enquanto ambos pulam cordas. Em outro momento, o professor auxilia o garoto em um circuito de pequenos obstáculos. É possível perceber que a criança esboça alguns sorrisos durante as atividades, o que chamou atenção dos internautas. Em um dos vídeos, são mais de 30 mil curtidas.

Gean relata que a acompanhante de Heitor durante as aulas teve a ideia de gravar o momento, que acabou viralizando. O compartilhamento nas redes sociais tinha a intenção, segundo o professor, de mostrar ser possível trabalhar a inclusão escolar durante as atividades. O que Gean não esperava era que as imagens chegassem tão longe.

"A acompanhante que fica com o Heitor na escola disse que a cena estava muito bonita e decidiu gravar. Eu publiquei nas redes sociais e deu no que deu, nessa repercussão, com gente mandando mensagem em espanhol, inglês e até árabe. A intenção era mostrar como é possível incluir as crianças nas brincadeiras com os demais alunos", comentou.

"Quem me escolheu como professor foi o Heitor e não eu quem o escolhi como aluno. Ele me deu uma abertura muito grande para que a gente tenha essa relação", Gean Sampaio, professor.

Família agradece inclusão

Procurada pelo UOL, a família de Heitor disse não se conter de felicidade com a repercussão. Os parentes dizem que Heitor demonstra gosto pelas aulas de educação física.

A mãe, Priscila Veronezi de Oliveira, de 37 anos, conta que o filho sofreu uma trombose com apenas sete dias de vida, o que resultou em um AVC (Acidente Vascular Cerebral), se desdobrando na paralisia cerebral.

Acho ótima essa relação e o esforço do professor em colocar o Heitor nas atividades. A família fica muito feliz por essa dedicação e esperamos que continuem com esse envolvimento.