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MP-RJ pede volta das aulas em 13 escolas usadas como abrigo em Petrópolis

As 13 escolas ainda utilizadas como abrigo deveriam ter sido ocupadas por, no máximo, 48 horas, segundo o MP - Lola Ferreira/UOL
As 13 escolas ainda utilizadas como abrigo deveriam ter sido ocupadas por, no máximo, 48 horas, segundo o MP Imagem: Lola Ferreira/UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/03/2022 10h14Atualizada em 26/03/2022 11h51

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) defende o retorno "imediato" das aulas presenciais nas 13 escolas que ainda têm servido de abrigo para desalojados pelas chuvas em Petrópolis (RJ).

A posição foi manifestada em ação apresentada à Justiça na quarta-feira (23), segundo a procuradoria. Na próxima segunda (28), também de acordo com o MP, será realizada uma audiência pública "para deliberar sobre a garantia das aulas presenciais" para esses estudantes.

Conforme balanço do Ministério Público, "13 escolas que deveriam ser ocupados por no máximo 48 horas", por causa das chuvas, acabaram transformando-se "em abrigos provisórios, o que gerou impacto direto na educação de crianças e adolescentes matriculados" nelas.

Este ano, o município na Região Serrana foi atingido por fortes chuvas, em 15 de fevereiro. Um mês depois, autoridades calculavam mais de 220 mortos e quase 700 pessoas ainda desabrigadas e desalojadas.

No domingo (20), uma nova tempestade atingiu a cidade, deixando mais mortos. Na ocasião, choveu, em apenas duas horas e meia, quase todo o volume de água esperado para o mês de março inteiro.

"Com as últimas chuvas que atingiram a cidade, com níveis pluviométricos alarmantes, ocorridas em 20 de março, os cidadãos que haviam voltado para suas casas retornaram aos abrigos, ou seja, às escolas, novamente impactando na imperativa volta às aulas", disse a procuradoria.

O Ministério Público pede um "plano emergencial que abarque os alunos atingidos pela ocupação das escolas por desabrigados", que poderia englobar reorganização de matrículas.