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Ensino médio: Governo só quer confrontar política de Temer, diz ex-ministro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/04/2023 08h55

Mendonça Filho, deputado federal (União Brasil-PE) e ex-ministro da Educação no governo Michel Temer, criticou o adiamento da implementação do novo ensino médio e vê a decisão como "atitude política".

É um erro grande e grave. Temos apenas um ano do processo de implementação e, nesse período, convivemos com a ausência completa do ministério da Educação na coordenação das redes estaduais e com a pandemia. O julgamento que está se fazendo é pura e simplesmente político. É uma atitude política de setores radicais da esquerda que querem confrontar uma política pública gestada no governo Temer. Mendonça Filho, deputado federal (União Brasil-PE) e ex-ministro da Educação

Em entrevista ao UOL News nesta terça, Mendonça Filho considera "desnecessária" a suspensão da implementação do novo ensino médio, mesmo para fazer ajustes no plano durante este período. O ex-ministro citou o modelo adotado em países desenvolvidos para defender a adoção da reforma no Brasil.

Seria desnecessário, mas é um recuo tático tendo em vista a preservação do processo de implementação do novo ensino médio. Crianças e jovens dentro da escola estão protegidos. Não vejo como refutar e combater uma política pública que vai ao encontro do que ocorre nas principais nações do mundo. Não estamos criando algo do zero. Mendonça Filho, deputado federal (União Brasil-PE) e ex-ministro da Educação

Novo ensino médio: 'Freio de arrumação' é necessário, mas revogação seria retrocesso, diz Josias

Josias de Souza defende a suspensão da implementação do novo ensino médio para que sejam feitas as correções necessárias ao plano. O colunista do UOL considera que uma possível revogação seria um retrocesso.

O governo não deve revogar. Havia um plano de absoluta terra arrasada no ensino médio brasileiro. O governo Bolsonaro foi desastroso na área educacional. É razoável que, neste momento, o governo faça uma paralisação para arrumar a casa. É necessário esse freio de arrumação para analisar a forma como está sendo implementada a reforma e se algum ajuste precisa ser feito. Revogar seria uma volta ao sistema anterior, em um cenário deplorável. Josias de Souza, colunista do UOL

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