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Previstas para retornar 2ª, aulas do ensino fundamental no Amazonas são adiadas

As aulas no ensino médio, que começaram no último dia 10 de agosto, seguem normalmente, pois as escolas já foram validadas pela FVS-AM - Divulgação/Sindicato das escolas particulares de Manaus
As aulas no ensino médio, que começaram no último dia 10 de agosto, seguem normalmente, pois as escolas já foram validadas pela FVS-AM Imagem: Divulgação/Sindicato das escolas particulares de Manaus

Thaíse Rocha, especial para O Estado

21/08/2020 23h56

O Governo do Amazonas adiou a volta de 100 mil estudantes do ensino fundamental às aulas presenciais, que estava prevista para segunda-feira (24). O anúncio foi divulgado na noite de hoje. A previsão de é que a retomada ocorra nos próximos 14 dias.

Em comunicado, o secretário de Estado de Educação em exercício, Luis Fabian Barbosa, informou que 60% das escolas já estão preparadas para o reinício das aulas, entretanto há dificuldades para adequar as demais.

"Temos encontrado alguma dificuldade com a disponibilidade de insumos para a adequação da estrutura física dos outros 40% das escolas. Em razão disso, nós precisamos adiar o reinício das atividades para salvaguardar o bem maior, que é a segurança e o bem-estar de alunos e trabalhadores da educação", disse.

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) afirmou que a retomada ocorrerá somente quando as 107 unidades de ensino estiverem com todos os protocolos de saúde implantados e a testagem em massa nos cinco mil profissionais da educação ter atingido o maior número de servidores possíveis.

As aulas no ensino médio, que começaram no último dia 10 de agosto, seguem normalmente, pois as escolas já foram validadas pela FVS-AM.

Profissionais da educação vão paralisar

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Amazonas (Sinteam) farão uma paralisação de advertência nas próximas segunda (24) e terça-feira (25).

Segundo o Sinteam, das 123 unidades de ensino que retornaram com aulas presenciais, 48 já apresentaram casos confirmados de covid-19 entre professores, pedagogos, merendeiros, secretários e gestores. Os profissionais têm enviado exames, receitas médicas e atestados para comprovar a alegação.

"O governo precisa voltar atrás ou prefere se responsabilizar por uma segunda onda e lotar os hospitais e até os cemitérios?", afirmou a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, em comunicado à imprensa.

Até hoje, a FVS-AM confirmou 114.792 casos do novo coronavírus no Amazonas. Destes, 40.460 são de Manaus (35,25%) e 74.332 do interior do Estado (64,75).