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8 de abril de 1719 - Fundação de Cuiabá

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

A atual capital do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, surgiu às margens do rio Coxipó em 8 de abril de 1719. Era, então, um pequeno povoado cuja ata de fundação foi assinada por Pascoal Moreira Cabral. Foi a descoberta do ouro pelos bandeirantes paulistas que deu origem à povoação, que estava subordinada à capitania de São Paulo naquela época.

Três anos mais tarde, foram descobertas novas jazidas, as chamadas "Lavras do Sutil", nas proximidades do córrego da Prainha e da colina do Rosário, onde foi construída a igreja do Rosário, no centro da localidade.

A povoação se expandia e viria a se tornar a Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá. A região de Mato Grosso, por sua vez, seria desmembrada São Paulo, em 1748, tornando-se também uma capitania.

Por meio da carta régia assinada por dom João 6o, a vila foi elevada à categoria de cidade em 17 de setembro de 1818. A sede da capitania, porém, ainda era a Vila Bela da Santíssima Trindade. Somente em agosto de 1835, Cuiabá se tornou a capital da então província de Mato Grosso, que se transformaria em Estado com a proclamação da República.

Após o fim da Guerra do Paraguai, a cidade desenvolveu a sua infraestrutura. No final da década de 1930, com a política de integração nacional do governo federal e o programa "marcha para o Oeste", Cuiabá ganhou a sua primeira avenida, a Getúlio Vargas, além de novos edifícios e rodovias.

Entre 1970 e 1975, quando o Governo Federal incentivava o povoamento do interior do País, a população passou de 83 mil para 127 mil habitantes. A capital de Mato Grosso tem 569.830 mil habitantes e sua área é de 3.495,424  km2 (fonte: IBGE 2013).

Ainda resta, porém, esclarecer o significado do nome "Cuiabá". Há várias versões para ele e nenhuma é tida como definitiva. A mais tradicional diz que vem do local chamado "Ikuiapá" onde os índios bororos pescavam com uma flecha-arpão, que em sua língua chama-se "Ikuia", sendo "pá" o designativo de lugar.

Para outros, o termo deriva de "kuyaverá", palavra guarani que se traduziria por "rio da lontra brilhante". Teodoro Sampaio (1855-1937), grande estudioso do tupi, afirmava que, se o nome tivesse origem nesta língua indígena, poderia significar "homem que faz farinha", "farinheiro", pois "cui" é "farinha" e "abá" homem.

Finalmente, convém lembrar que o célebre cientista alemão von Martius (1794-1868), que realizou uma grande expedição pelas selvas brasileiras, traduziu o termo como "fabricante de vasilhas", decompondo-o em "cuia" (vasilha) e "abá" (criador), atribuindo-o a outro dialeto das tribos locais.