Segundo PF, 22 estudantes detidos na Unifesp serão encaminhados para Centro de Detenção Provisória
A PF (Polícia Federal) informou que 22 estudantes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) foram autuados em flagrante na noite de ontem (14), no campus de Guarulhos, e serão encaminhados para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. Eles responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de dano ao patrimônio público, constrangimento ilegal e formação de quadrilha, cujas penas somadas podem atingir oito anos de prisão.
Ainda segundo a PF, 14 pessoas desse grupo estavam na reintegração de posse realizada no último dia 6 na Unifesp e três deles possuem antecedentes criminais por dano e formação de quadrilha.
Imagens mostram tumulto entre estudantes da Unifesp e PM
Confusão
A PM diz que foi acionada, na noite de ontem, pela diretoria acadêmica da Unifesp porque os estudantes estavam depredando e pichando o campus. Os alunos negam e dizem que o quebra-quebra só começou após os policiais prenderem uma colega. Houve confronto e, de acordo com os universitários, a polícia utilizou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
"Foi uma ação extremamente violenta", afirma uma estudante, que preferiu não se identificar. "Os presos foram revistados na parte de trás do prédio, um lugar escuro. E os policiais esconderam a identificação." A estudante ferida deu entrada na Policlínica Alvorada, em Guarulhos. Segundo uma funcionária do estabelecimento, a garota disse que uma bomba estourou perto dela. A aluna não deixou ninguém tocar na lesão, porque queria fazer exame de corpo de delito. Ela foi liberada e saiu acompanhada de policiais para depor à PF.
De acordo com um universitário, após a assembleia os estudantes se concentraram em frente à sala do diretor acadêmico, Marcos Cezar de Freitas, para fazer um "ato pacífico". Freitas teria se sentido acuado e chamou os policiais. "A PM já chegou nos acuando. Quando prenderam uma menina, dando uma chave de braço, o pessoal se revoltou e aconteceu o confronto e o quebra-quebra."
(Com informações da Agência Estado)
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