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Após passeata em Brasília, estudantes são recebidos pelo ministro da Educação

Do UOL, em São Paulo

26/06/2012 16h48Atualizada em 26/06/2012 16h53

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recebeu representantes do movimento estudantil nesta terça-feira (26), após manifestação realizada na Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal. O protesto foi organizado pela UNE (União Nacional dos Estudantes). Os estudantes pedem a ampliação da assistência estudantil, melhoria da estrutura das universidades, mais restaurantes universitários, creches, moradias, bolsas e outras formas de auxílio para garantir a permanência dos alunos e a qualidade nas instituições de ensino superior. Eles também reivindicam o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) e 50% do fundo social e dos royalties do pré-sal para educação. 

Segundo nota publicada pelo MEC (Ministério da Educação), Mercadante disse aos representantes estudantis que criará um programa de consolidação da expansão das instituições federais de ensino superior. De acordo com a nota, a prioridade do programa será a assistência estudantil, com maior apoio para alimentação e moradia dos alunos, por exemplo.

O ministro também recebeu a pauta de reivindicações dos estudantes e prometeu que irá encaminhá-la aos reitores e cobrar uma resposta. Ainda de acordo com o MEC, Mercadante se comprometeu a criar  uma comissão para acompanhar e monitorar a resolução das situações indicadas no documento, "mas sem ferir a autonomia das universidades".

Greve nas federais 

Os professores de universidades federais começaram o movimento de greve nacional há mais de um mês. Pelo menos 51 universidades são afetadas pela paralisação, além de mais de 20 institutos federais. A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira.

A greve nacional tem adesão de entidades filiadas ao Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), ao Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) e ao Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).