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Pelo menos 20 institutos federais de educação estão em greve, segundo sindicato

Do UOL, em São Paulo

19/06/2012 17h24

Professores e servidores técnicos administrativos de pelo menos vinte institutos federais de educação, ciência e tecnologia estão em greve, além das 14 unidades do Colégio Pedro 2º, de acordo com o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica). O movimento atuará em conjunto à greve dos professores das instituições federais de ensino superior, parados há mais de um mês.

Segundo consulta realizada no e-MEC (sistema eletrônico do Ministério da Educação), o Brasil tem 38 institutos e dois centros federais de educação.

A categoria reivindica, entre outros pontos, a reestruturação das carreiras técnicas e dos docentes, a democratização das relações de trabalho e a aprovação da carga horária de 30 hora para os técnicos administrativos. Os institutos federais oferecem ensino técnico integrado ao médio, técnico sequencial, tecnológico, licenciaturas, bacharelado, engenharias e pós-graduação (especialização e mestrado).

Saiba quais institutos federais aderiram à greve

IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará)
IFSC (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina)
Ifal (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas)
IF Baiano (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano)
IFBA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia)
IF Goiano (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano)
IFPB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba)
IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso)
IFPA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará)
IFPE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pernambuco)
IFPI (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí)
IFRJ (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro)
IFF (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense)
IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte)
IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul)
IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia)
IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo)
IFSE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe)
IFMG (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais)
IFTO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Tocantins)
Colégio Pedro 2º
  • Fonte: Sinasefe

De acordo com o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), as atividades também estão paralisadas no IF Sudeste de Minas (Instituto Federal do Sudeste de Minas), no Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) e Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro).

Universidades Federais

Os docentes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (19). A paralisação faz parte do movimento nacional que já dura mais de um mês. A principal reivindicação dos professores da instituição é a reestruturação da carreira com recomposição salarial. A paralisação foi votada em assembleia no último dia 12. Hoje, uma nova reunião discute os rumos do movimento.

A greve dos professores de universidades federais completou um mês neste domingo (17). Pelo menos 50 universidades federais são afetadas pela paralisação. A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação estava marcada para hoje, mas foi adiada pelo Ministério do Planejamento.

Servidores federais

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais começaram a entrar em greve na última segunda-feira (11). O movimento nacional é coordenado pela Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos das Universidades Brasileiras).

Segundo a Fasubra, os 37 sindicatos ligados à entidade decidiram pela paralisação, que pode afetar todas as 59 universidades federais. Porém, a adesão ao movimento seria decidida hoje em assembleias locais.

Entre as reivindicações específicas da categoria estão o reajuste salarial, a racionalização dos cargos e a isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes. Na pauta geral, a categoria pede o fim da terceirização, o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e a implantação da jornada de trabalho de 30h sem redução de salário.