Professores da UFSC decidem iniciar greve em 11 de julho
Os professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) decidiram entrar em greve a partir do dia 11 de julho, após o final do semestre letivo. A votação foi realizada ontem (21) e teve a participação de 695 docentes, sendo que 382 (54,96%) votaram a favor da paralisação e 302 (43,45%) foram contra. A votação também teve 5 votos em branco e 6 nulos. Segundo nota da Apufsc (Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina), a greve irá atingir os campi de Florianópolis, Araranguá, Curitibanos e Joinville.
De acordo com o sindicato, a pauta de reivindicações da categoria inclui, essencialmente, a equiparação da carreira com a dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, sua reestruturação e recomposição salarial. Eles também pedem o reenquadramento dos docentes aposentados na carreira e a equiparação salarial entre as carreiras do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.
Greve na educação
Os professores de universidades federais começaram o movimento de greve nacional há mais de um mês. Pelo menos 51 universidades são afetadas pela paralisação, além de mais de 20 institutos federais. A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação estava marcada para a última terça-feira (19), mas foi adiada pelo Ministério do Planejamento.
A greve nacional tem adesão de entidades filiadas ao Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), ao Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) e ao Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
Em referendo, os professores filiados ao ADUFRGS-Sindical (Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre) votaram contra a deflagração da greve. Foram 1.138 votantes - sendo que 80% foram contrários à paralisação. O sindicato representa os docentes da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e dos campi de Restinga e Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul.
Saiba quais instituições aderiram à greve
Norte |
Ufac (Universidade Federal do Acre) |
UFRR (Universidade Federal de Roraima) |
Unir (Universidade Federal de Rondônia) |
UFPA (Universidade Federal do Pará), campi Central e Marabá |
Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia) |
Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) |
Ufam (Universidade Federal do Amazonas) |
Unifap (Universidade Federal do Amapá) |
UFT (Universidade Federal do Tocantins) |
Nordeste |
UFC (Universidade Federal do Ceará) |
Unilab (Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira) |
UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) |
Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco) |
UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) |
UFPI (Universidade Federal do Piauí) |
Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) |
UFPB (Universidade Federal da Paraíba) |
UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), campi central, Patos e Cajazeiras |
IFPB (Instituto Federal da Paraíba) - campus João Pessoa |
UFMA (Universidade Federal do Maranhão) |
Ufal (Universidade Federal de Alagoas) |
UFS (Universidade Federal de Sergipe) |
IFPI (Instituto Federal do Piauí) |
UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano) |
Centro-Oeste |
UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) |
UnB (Universidade de Brasília) |
UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) |
UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), campi Central e Rondonópolis |
UFG (Universidade Federal de Goiás), campi Catalão, Jataí, Goiânia e Cidade de Goiás |
Sudeste |
UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) |
UFABC (Universidade Federal do ABC) |
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) |
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) |
UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) |
Unifal (Universidade Federal de Alfenas) |
IF Sudeste de Minas (Instituto Federal do Sudeste de Minas) |
UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) |
UFU (Universidade Federal de Uberlândia) |
UFV (Universidade Federal de Viçosa) |
Ufla (Universidade Federal de Lavras) |
Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) |
UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei) |
UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) |
Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) |
UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) |
Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) |
UFF (Universidade Federal Fluminense) |
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro) |
Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) |
Sul |
Unipampa (Universidade Federal do Pampa) |
Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) |
UFPR (Universidade Federal do Paraná) |
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) |
Furg (Universidade Federal do Rio Grande) |
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) |
- Fonte: Andes-SN e sindicatos
Servidores também entram em greve
Os servidores técnico-administrativos das universidades federais também estão em greve. O movimento nacional é coordenado pela Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos das Universidades Brasileiras).
Segundo a Fasubra, os 37 sindicatos ligados à entidade decidiram pela paralisação, que pode afetar todas as 59 universidades federais. Porém, a adesão ao movimento seria decidida hoje em assembleias locais.
Entre as reivindicações específicas da categoria estão o reajuste salarial, a racionalização dos cargos e a isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes. Na pauta geral, a categoria pede o fim da terceirização, o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e a implantação da jornada de trabalho de 30h sem redução de salário.
(Com informações da Agência Brasil)
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