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Professores da UFSC decidem iniciar greve em 11 de julho

Do UOL*, em São Paulo

22/06/2012 12h34

Os professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) decidiram entrar em greve a partir do dia 11 de julho, após o final do semestre letivo. A votação foi realizada ontem (21) e teve a participação de 695 docentes, sendo que 382 (54,96%) votaram a favor da paralisação e 302 (43,45%) foram contra. A votação também teve 5 votos em branco e 6 nulos. Segundo nota da Apufsc (Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina), a greve irá atingir os campi de Florianópolis, Araranguá, Curitibanos e Joinville.

De acordo com o sindicato, a pauta de reivindicações da categoria inclui, essencialmente, a equiparação da carreira com a dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, sua reestruturação e recomposição salarial.  Eles também pedem o reenquadramento dos docentes aposentados na carreira e a equiparação salarial entre as carreiras do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.

Os professores de universidades federais começaram o movimento de greve nacional há mais de um mês. Pelo menos 51 universidades são afetadas pela paralisação, além de mais de 20 institutos federais. A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação estava marcada para a última terça-feira (19), mas foi adiada pelo Ministério do Planejamento.

A greve nacional tem adesão de entidades filiadas ao Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), ao Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) e ao Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).

Em referendo, os professores filiados ao ADUFRGS-Sindical (Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre) votaram contra a deflagração da greve. Foram 1.138 votantes - sendo que 80% foram contrários à paralisação. O sindicato representa os docentes da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e dos campi de Restinga e Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul.

Saiba quais instituições aderiram à greve

Norte
Ufac (Universidade Federal do Acre)
UFRR (Universidade Federal de Roraima)
Unir (Universidade Federal de Rondônia)
UFPA (Universidade Federal do Pará), campi Central e Marabá
Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia)
Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará)
Ufam (Universidade Federal do Amazonas)
Unifap (Universidade Federal do Amapá)
UFT (Universidade Federal do Tocantins)
Nordeste
UFC (Universidade Federal do Ceará)
Unilab (Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira)
UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
UFPI (Universidade Federal do Piauí)
Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi-Árido)
UFPB (Universidade Federal da Paraíba)
UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), campi central, Patos e Cajazeiras
IFPB (Instituto Federal da Paraíba) - campus João Pessoa
UFMA (Universidade Federal do Maranhão)
Ufal (Universidade Federal de Alagoas)
UFS (Universidade Federal de Sergipe)
IFPI (Instituto Federal do Piauí)
UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Centro-Oeste
UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)
UnB (Universidade de Brasília)
UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados)
UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), campi Central e Rondonópolis
UFG (Universidade Federal de Goiás), campi Catalão, Jataí, Goiânia e Cidade de Goiás
Sudeste
UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)
UFABC (Universidade Federal do ABC)
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)
UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora)
Unifal (Universidade Federal de Alfenas)
IF Sudeste de Minas (Instituto Federal do Sudeste de Minas)
UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro)
UFU (Universidade Federal de Uberlândia)
UFV (Universidade Federal de Viçosa)
Ufla (Universidade Federal de Lavras)
Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto)
UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei)
UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri)
Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)
UFF (Universidade Federal Fluminense)
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro)
Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo)
Sul
Unipampa (Universidade Federal do Pampa)
Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)
UFPR (Universidade Federal do Paraná)
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
Furg (Universidade Federal do Rio Grande)
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)
  • Fonte: Andes-SN e sindicatos

Servidores também entram em greve

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais também estão em greve. O movimento nacional é coordenado pela Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos das Universidades Brasileiras).

Segundo a Fasubra, os 37 sindicatos ligados à entidade decidiram pela paralisação, que pode afetar todas as 59 universidades federais. Porém, a adesão ao movimento seria decidida hoje em assembleias locais.

Entre as reivindicações específicas da categoria estão o reajuste salarial, a racionalização dos cargos e a isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes. Na pauta geral, a categoria pede o fim da terceirização, o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e a implantação da jornada de trabalho de 30h sem redução de salário.

(Com informações da Agência Brasil)