Após quase quatro meses, professores de universidades federais encerram greve
Os professores das universidades federais decidiram encerrar a greve nacional na noite deste domingo (16), segundo informou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). A paralisação completaria quatro meses na segunda-feira (17).
A categoria afirmou em nota oficial que continuará "seguindo na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização das condições de trabalho". Em entrevista ao UOL, a presidente da Andes, Marinalva Oliveira, confirmou a decisão do sindicato e disse que próximo passo é continuar "pressionando os parlamentares" para fazer alterações no Projeto de Lei (PL) 4368/12 que trata sobre modificações na carreira de docentes.
No último dia 13, levantamento feito pelo UOL mostrou que 33 universidades federais já haviam decidido retomar as aulas. E, na última sexta-feira, nota oficial no site do Ministério da Educação afirmava que 44 das 57 universidades federais já tinham encerrado as paralisações.
A decisão pelo fim da greve não significa a volta imediata das aulas, pois cada instituição precisa definir como será feita a reposição dos dias parados - o que altera o calendário acadêmico.
É recomendado que os alunos entrem em contato com as universidades para informações sobre o calendário de reposição.
A greve nacional começou no dia 17 de maio e chegou a ter adesão de 58 das 59 universidades federais. A única instituição que não teve nenhuma unidade afetada pela paralisação foi a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
As negociações entre os professores de universidades federais em greve e o governo foram encerradas após assinatura de acordo com a Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições federais de Ensino Superior). O documento assinado prevê reajustes de 25% a 40% até 2015 e diminuição do número de níveis de carreira de 17 para 13. Desde então, o Andes-SN estava pedindo a reabertura das negociações, mas hoje anunciou o final da paralisação.
O governo federal encerrou as negociações com os sindicatos dos docentes e com as outras categorias porque a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi encaminhada ao Congresso Nacional em 31 de agosto. Após o envio, o Congresso Nacional rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.
Leia abaixo a íntegra da nota oficial emitida pela entidade:
"O CNG/ANDES - SN, após criteriosa avaliação do quadro das assembléias gerais, encaminha a suspensão unificada da greve nacional dos docentes das Instituições Federais de Ensino no período entre 17 e 21 de setembro e comunica o respectivo encerramento das atividades deste comando no dia de hoje. Foram estabelecidas várias ações para a continuidade da mobilização da categoria no enfrentamento dos ataques à educação pública federal que estão materializados no PL 4368/12."
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