Pizza causa tumulto em escola de Guarulhos; PM usa spray de pimenta
A compra de uma pizza para uma turma do ensino médio da Escola Estadual Carmina Mendes Seródio, em Guarulhos (Grande São Paulo), terminou em confusão na noite de terça-feira (18).
O tumulto começou depois que uma turma de alunos recebeu, na segunda (17), pizzas para marcar o fim de uma atividade realizada em sala de aula. A refeição, oferecida pela escola, não foi bem recebida pelos estudantes que ficaram de fora do jantar.
Segundo relatos, na terça houve um desentendimento entre a coordenação e alguns alunos no horário do intervalo. Eles se revoltaram diante do que acreditavam ser o favorecimento de apenas uma turma. Os alunos também reclamam que não foram informados sobre os critérios do projeto da diretoria da escola.
A Secretaria de Estado da Educação informou que a atividade era uma ação da Diretoria Regional de Ensino e seria realizada em diferentes datas em outras salas de aulas da escola Carmina Mendes Seródio.
Por causa do tumulto, a Polícia Militar foi chamada e quatro policiais entraram no colégio. “Quando os PMs entraram na escola, começaram a bater nas grades com cassetetes e a jogar spray de pimenta em vários alunos”, afirmou um estudante de 16 anos, que estuda no 2° ano do ensino médio.
“No momento em que começou o empurra-empurra, um aluno chegou a jogar uma cadeira na direção da polícia, mas não atingiu ninguém. Antes disso, eles já estavam jogando spray em todo mundo”, diz o aluno, que também faz parte do grêmio estudantil.
Por causa do tumulto, as aulas foram suspensas na quarta-feira (19).
Em nota, a secretaria disse que a direção da escola já realizou reuniões com os pais dos estudantes e com a comunidade escolar sobre o ocorrido. "A escola possui sistema de videomonitoramento e as imagens serão disponibilizadas à PM", informou.
Ação da PM
A Polícia Militar disse que foi chamada para restabelecer a ordem na escola, já que recebeu informações de que havia um tumulto generalizado no local. Segundo a PM, antes da chegada dos policiais os alunos teriam usado rojões, quebrado um vidro da escola e arrancado uma cortina.
A PM informou que já instaurou um procedimento para verificar se houve excessos e está analisando as imagens cedidas pela escola. “As filmagens são totalmente esclarecedoras e, até o momento, não ficou comprovado nenhum tipo de agressão. Nelas, aparece um policial usando o spray de pimenta, mas ele não fez o uso do gás contra os alunos, jogou no ambiente. Já estamos apurando se é o caso de responsabilização e se havia ou não a necessidade do uso do spray”, afirma o coronel Walmir Corrêa Leite, comandante do 31º Batalhão Metropolitano.
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