Trabalhadores terceirizados da Uerj fazem greve por falta de salários
Trabalhadores da empresa Construir Arquitetura e Limpeza, que presta serviços de higienização à Uerj (Universidade do Estado de Rio de Janeiro), fizeram uma manifestação na tarde de hoje (17), no campus Francisco Negrão de Lima, no Maracanã. Eles reivindicam a normalização de salários atrasados há dois meses.
A paralisação começou há uma semana, mas, desde a manhã de hoje, grevistas e alguns alunos que apoiam a causa começaram a espalhar lixo pelos corredores da universidade e no portão principal do campus, para chamar atenção para falta de pagamento.
Segundo Lenieres Marques, fiscal do Sindicato de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, o movimento de trabalhadores terceirizados da Uerj não é o primeiro que ocorre. "O atraso de salários é uma coisa antiga. Precisamos do salário. É a nossa sobrevivência. Queremos uma posição concreta da Uerj sobre a data do pagamento", comentou.
A paralisação, que também envolve trabalhadores do Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Uerj, ainda não afetou as aulas, mas, de acordo com funcionários, a universidade continuará suja até que todos recebam salários. "Não sairemos daqui, nem faremos limpeza até que o dinheiro esteja em nossa conta", salientou Lenieres.
Diretor da Construir, Júlio Diniz afirmou que a situação é muito mais complexa, pois o estado não paga as faturas das empresas. "Só estou esperando o estado cumprir seu papel, para que possa repassar o salário dos funcionários. Sem a iniciativa da universidade, não posso fazer muita coisa", relatou.
Responsável pela administração da infraestrutura do campus, o prefeito universitário Ivair Machado informou que a Uerj não tem fundos para pagar prestadoras de serviço. Adiantou, no entanto, a negociação de um empréstimo para pagamento dos funcionários. "Iremos pagar um salário integral até sexta-feira (19). Na próxima semana, continuaremos a negociação para que as firmas recebam todos os atrasados", afirmou.
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