Aluna faz Enem só como teste após escola atrasar conclusão de curso
Carlos Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió
28/11/2021 13h44Atualizada em 28/11/2021 13h50
No 3° ano do ensino médio, a estudante Sohanny Victória, 18, deveria poder concorrer a uma vaga na universidade usando a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Mas o atraso em começar as aulas online no Ifal (Instituto Federal de Alagoas) fez com que a conclusão do seu ano letivo só aconteça em 2022.
"Eles demoraram muito para iniciar as aulas online quando começou a pandemia. Passamos dez meses sem aulas. Esse atraso prejudicou todo mundo. Estou hoje no meio do 3° ano apenas", diz.
Segundo Sohanny, a turma em que ela estuda tinha mais de 40 alunos. Com os atrasos, alguns amigos buscaram outras escolas. "Hoje são só 37, e a gente fica triste de não poder usar a nota", conta.
Eu queria mesmo era fazer valendo, mas vai valer de experiência para o próximo ano."
Sohanny Victória, estudante do 3º ano
"Eles não falaram nada [sobre o Enem], não deram nenhum aviso sobre não poder usar a nota para cursar faculdade", conta.
A jovem veio hoje acompanhada dos pais: o administrador Jailton Gouveia, 54, e a dona de casa Quitéria dos Santos, 54.
"Como é a primeira vez dela no Enem, decidimos a acompanhar. Assim como no domingo passado, vamos esperar que ela saia, ao fim da prova", conta o pai. A família mora no bairro do Jacintinho, na periferia de Maceió.