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Grupo Santa Helena (2) - Principais artistas do movimento

Valéria Peixoto de Alencar, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

  • Bonadei (1906 - 1974)
    Aldo Cláudio Felipe Bonadei. Pintor, designer, gravador, figurinista e professor. Entre 1923 e 1928 foi aluno de desenho do pintor Pedro Alexandrino. Viajou para a Itália, entre 1930 e 1931, e frequentou a Academia de Belas Artes de Florença. Nesse período, dedicou-se ao desenho da figura humana, principalmente o nu. Retornou a São Paulo no início da década de 1930 e participou ativamente do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista-FAP e do Sindicato dos Artistas Plásticos.
     
  • Francisco Rebolo (1902 - 1980)
    Foi o primeiro a ocupar um ateliê no Palacete Santa Helena, em 1933. Pintor e gravador. Iniciou seus estudos em artes na Escola Profissional Masculina do Brás. Aos 14 anos, trabalhou como aprendiz de decorador de paredes. Paralelamente à sua atividade como decorador, atuou como jogador de futebol, passando pela Associação Atlética São Bento, de 1917 a 1922, pelo Corinthians, de 1922 a 1927, e pelo Clube Atlético Ypiranga, de 1927 a 1934.
     
  • Mario Zanini (1907 - 1971)
    Iniciou, com Rebolo, o Grupo Santa Helena, em 1935, quando passaram a dividir o ateliê. Pintor, decorador, ceramista, gravador e professor. Iniciou seus estudos de pintura em 1920 na Escola Profissional Masculina do Brás e, posteriormente, cursou desenho e artes no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. No fim da década de 20, conheceu Alfredo Volpi. Participou também da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo e do grupo Família Artística Paulista, na segunda metade da década de 30. Entre 1940 e 1958, a convite de Paulo Rossi Osir, trabalhou na Osirarte, ateliê especializado na arte do azulejo.
     
  • Manoel Martins (1911 - 1979)
    Ilustrador, pintor, desenhista, gravador, escultor e ourives. Iniciou sua carreira artística em 1924, exercendo o ofício de ourives. Em 1927, se dedicou à relojoaria, e posteriormente passou a trabalhar no comércio. Paralelamente se dedicou às artes. Em 1936, passou a dividir o ateliê com Mario Zanini e conheceu os demais integrantes do Grupo Santa Helena.
     
  • Fulvio Pennacchi (1905 - 1992)
    De origem italiana, foi pintor, ceramista, desenhista, ilustrador, gravador, professor. Em 1924, mudou-se para Lucca e inicia sua formação artística frequentando o Instituto Real de Bellas Artes (atual Instituto Superior Artistico A. Passaglia). Mudou-se para São Paulo em 1929 e dedicou-se a diferentes atividades até 1933, quando passou a trabalhar na execução de monumentos funerários. Em 1935, conheceu Francisco Rebolo e passou a frequentar seu ateliê, onde conviveu com os artistas do Grupo Santa Helena.
     
  • Clóvis Graciano (1907 - 1988)
    Pintor, desenhista, cenógrafo, gravador, ilustrador. Nascido em Araras, mudou-se para São Paulo a partir de 1934. Realizou estudos com o pintor Waldemar da Costa entre 1935 e 1937 e frequentou como aluno ouvinte o curso de desenho da Escola Paulista de Belas Artes, até 1938. Em 1937, passou a integrar o Grupo Santa Helena.
     
  • Humberto Rosa (1908 - 1948)
    Pintor e desenhista, estudou na Escola de Belas Artes, em 1932, em São Paulo. Em 1936 passou a integrar o Grupo Santa Helena.
     
  • Rizzotti (1909 - 1972)
    Alfredo Rullo Rizzotti, foi pintor, decorador, desenhista e gravador. Cursou a Academia Albertina em Turim, Itália entre 1924 e 1935. De volta ao Brasil, integrou o grupo Santa Helena, por volta de 1937, e a Família Artística Paulista entre 1939 e 1940.
     
  • Alfredo Volpi (1896 - 1988)
    O mais famoso santahelenista, italiano, mudou-se para o Brasil, São Paulo, em 1897 e, ainda criança, estudou na Escola Profissional Masculina do Brás. Mais tarde trabalhou como marceneiro, entalhador e encadernador. Em 1911, tornou-se pintor decorador e começou a pintar madeiras e telas. Fez parte do Grupo Santa Helena e, em 1936, participou da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo e integrou, em 1937, a Família Artística Paulista - FAP.



    • Mogi das Cruzes, Alfredo Volpi, dec.30, óleo s/ tela, 54x81,4cm



    Em 1940, ganhou o concurso promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, com trabalhos realizados com base nos monumentos das cidades de São Miguel e Embu e encantou-se com a arte colonial, voltando-se para temas populares e religiosos. Realizou trabalhos para a Osirarte.

    Sua primeira exposição individual foi em São Paulo, na Galeria Itá, em 1944. Em 1950, viajou para a Europa acompanhado de Rossi Osir e Mario Zanini, quando se impressionou com obras pré-renascentistas. Passou a executar, a partir da década de 1950, composições que gradativamente caminham para a abstração, como a série intitulada "Bandeirinhas", provavelmente sua obra mais conhecida.