Levantamento traça perfil do professor brasileiro
Mulheres, com média de 38 anos, baixa renda e, em sua maioria, satisfeitas com a profissão de professora. Este é o perfil da maior parte do grupo de docentes na rede de ensino fundamental e médio do Brasil, de acordo com o livro "O Perfil dos Professores Brasileiros: o que fazem, o que pensam, o que almejam", lançado nesta segunda-feira (24/5) pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), em Brasília.
O trabalho é resultado de uma pesquisa realizada com 1.698.383 profissionais (82% da rede pública) de 26 Estados e do Distrito Federal a fim de levantar as características sociais, econômicas e profissionais dos educadores de escolas públicas e privadas. A iniciativa teve o apoio do MEC (Ministério da Educação) em parceria com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o Instituto Paulo Montenegro e Editora Moderna.
De acordo com os dados, um terço dos professores do país se classifica como pobre, já que que 65,5% têm renda familiar entre dois e dez salários mínimos e 24% entre dez e 20 salários. Os resultados mostraram que existe uma grande diferença de salários entre a rede pública e privada, além das diferenças regionais. Na região Sudeste, 43,5% dos professores têm renda familiar superior a dez salários mínimos enquanto na região Nordeste, este índice cai para 12,5%.
A má remuneração influencia diretamente em outros aspectos como o acesso a ferramentas que podem ser usadas pelos professores para pesquisa e preparação de material para a sala de aula, como o computador. A internet não é usada por 58,4% dos entrevistados e 59,6% não usam o correio eletrônico. Entre as mídias mais utilizadas diariamente, a TV ocupa o primeiro lugar, com 74,3%, seguida pelo rádio, com 52%.
Outro fator importante apontado no levantamento diz respeito à formação profissional. Do total de professores, 67,5% afirmam ter concluído o ensino superior e 32,5%, apenas o ensino médio. A falta de formação adequada -ensino médio sem formação pedagógica ou ensino superior sem licenciatura- aparece no quadro de profissionais de todo o Brasil, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde este índice chega a 15% do total.
As reformas educacionais que vêm sendo propostas pelo Governo, como a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), são aprovadas pela maioria dos professores, que se mostram favoráveis a uma maior autonomia das escolas e aos parâmetros curriculares adotados como base.
Quanto a uma análise dos alunos, a maioria dos docentes revela certo pessimismo. Quando questionados sobre a postura dos jovens em relação a alguns valores como responsabilidade, sentido de família, seriedade, repeito aos mais velhos e tolerância, 60% dos educadores afirmam notarem que estes conceitos vêm sido notamamente enfraquecidos. Já no conceito amor à liberdade, 52,5% dos professores notam que este conceito é mais forte nesta geração.
Com informações do MEC
O trabalho é resultado de uma pesquisa realizada com 1.698.383 profissionais (82% da rede pública) de 26 Estados e do Distrito Federal a fim de levantar as características sociais, econômicas e profissionais dos educadores de escolas públicas e privadas. A iniciativa teve o apoio do MEC (Ministério da Educação) em parceria com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o Instituto Paulo Montenegro e Editora Moderna.
De acordo com os dados, um terço dos professores do país se classifica como pobre, já que que 65,5% têm renda familiar entre dois e dez salários mínimos e 24% entre dez e 20 salários. Os resultados mostraram que existe uma grande diferença de salários entre a rede pública e privada, além das diferenças regionais. Na região Sudeste, 43,5% dos professores têm renda familiar superior a dez salários mínimos enquanto na região Nordeste, este índice cai para 12,5%.
A má remuneração influencia diretamente em outros aspectos como o acesso a ferramentas que podem ser usadas pelos professores para pesquisa e preparação de material para a sala de aula, como o computador. A internet não é usada por 58,4% dos entrevistados e 59,6% não usam o correio eletrônico. Entre as mídias mais utilizadas diariamente, a TV ocupa o primeiro lugar, com 74,3%, seguida pelo rádio, com 52%.
Outro fator importante apontado no levantamento diz respeito à formação profissional. Do total de professores, 67,5% afirmam ter concluído o ensino superior e 32,5%, apenas o ensino médio. A falta de formação adequada -ensino médio sem formação pedagógica ou ensino superior sem licenciatura- aparece no quadro de profissionais de todo o Brasil, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde este índice chega a 15% do total.
As reformas educacionais que vêm sendo propostas pelo Governo, como a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), são aprovadas pela maioria dos professores, que se mostram favoráveis a uma maior autonomia das escolas e aos parâmetros curriculares adotados como base.
Quanto a uma análise dos alunos, a maioria dos docentes revela certo pessimismo. Quando questionados sobre a postura dos jovens em relação a alguns valores como responsabilidade, sentido de família, seriedade, repeito aos mais velhos e tolerância, 60% dos educadores afirmam notarem que estes conceitos vêm sido notamamente enfraquecidos. Já no conceito amor à liberdade, 52,5% dos professores notam que este conceito é mais forte nesta geração.
Com informações do MEC
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