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Movimento dos Sem Universidade apresenta reivindicações ao MEC

Da Redação<br><br/> Em São Paulo

27/08/2004 10h40

Representantes do MSU (Movimento dos Sem Universidade) visitaram esta semana o Ministério da Educação para apresentar suas reivindicações em relação à reforma universitária.

Eles foram recebidos pelo ministro Tarso Genro, que reconheceu os jovens da entidade como "companheiros das primeiras horas no apoio à reforma universitária".

Técnicos do MEC acompanharam a reunião e foram orientados pelo ministro a formar um grupo de trabalho para a construção de uma agenda de inclusão universitária em conjunto com o MSU.

Entre as principais reivindicações apontadas pelo movimento estão as bolsas de estudo integrais para estudantes das periferias das cidades, a definição de um patamar mínimo da oferta de vagas nas universidades públicas e a isenção das taxas de inscrição para alunos de baixa renda em vestibulares de instituições públicas.

O ministro determinou aos seus assessores que seja examinada a possibilidade legal de criar uma portaria dando isenção aos vestibulandos de baixa renda já em 2005.

Segundo Luiz Eduardo Rodrigues de Almeida, representante de Minas Gerais, o movimento já conta com cerca de 50 mil participantes em nove Estados e no Distrito Federal. No Rio de Janeiro, a entidade mantém um curso pré-vestibular comunitário. "Estamos atendendo cerca de trinta alunos com a ajuda de professores voluntários e apostilas preparadas pelo MSU", conta Elizabeth Sarlo, coordenadora do programa Convivendo e Aprendendo, que integra o movimento.

Ao final do encontro, os estudantes convidaram o ministro para tirar uma foto com eles e o símbolo do MSU, um cartaz em forma de chave. "Queremos uma foto ao lado do ministro, segurando a chave que abrirá as portas do ensino superior aos jovens pobres das periferias", disse Sérgio José Custódio, coordenador nacional do movimento.