Funcionários da USP, Unicamp e Unesp farão paralisação nesta terça-feira
Funcionários da USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) planejam fazer nesta terça-feira (30) paralisação pela isonomia salarial entre professores e funcionários. Os trabalhadores devem fazer atos em cada uma das universidades e prometem iniciar greve, caso não haja negociação.
Em nota, o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) afirma que a quebra de isonomia ocorreu quando o Cruesp (Conselho de reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) concedeu reajuste retroativo a fevereiro de 6% somente aos professores das universidades.
"Relembramos que, nos últimos anos, o Cruesp se negou seguidamente a atender nossas reivindicações sempre remetendo à necessidade de preservar a isonomia salarial nas universidades", diz o sindicato.
Em 16 de março, o Sintusp havia se reunido com o novo reitor da USP, João Grandino Rodas, para discutir a quebra de isonomia. De acordo com nota do sindicato, o reitor havia afirmado que iria procurar os reitores da demais universidades para encaminhar a reivindicação. Além da isonomia, os funcionários também reivindicam a resolução de outras questões, como a demissão de Claudionor Brandão, ex-diretor do Sintusp.
Conflito
Para Magno de Carvalho, diretor de base do sindicato, esse será um ano "complicado" na USP: "Esse reitor diz que não quer conflito, mas ele já arrumou um dando esse aumento só para professores".
A justificativa do reitor para o aumento somente para os professores, segundo Carvalho, foi a de que a universidade haveria feito uma equiparação de salários com os docentes das universidades federais. "Essa alegação é absurda. Se é para unificar [o valor dos salários], tem que unificar para todos, porque o aumento, nas federais, valeu para todo mundo", explica.
O sindicato pretende unir forças com os alunos, que reivindicam melhoria das condições de permanência estudantil: "Vamos juntar nossas forças com os estudantes e estamos prevendo que a coisa vai ser feia. Esperamos que não aconteça o que aconteceu em 2009", diz.
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