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Professores de SP planejam vigília na praça da República na próxima 5ª; greve continua

Da Redação*

Em São Paulo

31/03/2010 19h23Atualizada em 01/04/2010 14h00

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo aprovaram a continuação da greve, iniciada em 8 de março, durante assembleia ocorrida nesta quarta-feira (31), na praça da República. A próxima assembleia dos trabalhadores está prevista para a próxima quinta-feira, 8 de abril.

Para o novo encontro, há a proposta de fazer vigília em frente da secretaria da Educação, localizada no centro da cidade, até que o órgão abra negociação com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo).

Thiago Bernardes/UOL
Manifestante se arrumou de palhaço para o ato contra o governador José Serra, que deixará o cargo oficialmente nesta sexta-feira (2)

Hoje, segundo o sindicato, cerca de 40 mil docentes estiveram na assembleia da categoria; já a Polícia Militar estimou que a participação tenha ficado em 8 mil, segundo informações da Folha Online. Os trabalhadores se reuniram no Vão do Masp por volta das 14h, onde foi organizado um almoço simbólico de quatro reais, como protesto ao valor pago pelo vale-refeição da categoria.

Depois, fizeram passeata até a praça da República, endereço da secretaria de Estado da Educação.

"Cortina de fumaça"

Em nota divulgada no início da noite desta quarta, a secretaria de Educação lamentou o transtorno causado na cidade, prejudicando "o acesso aos mais de 20 hospitais da região da avenida Paulista". A pasta diz que o movimento é uma "tentativa do sindicato de criar um fato político".

O órgão afirma que não há justificativa para a principal reivindicação da Apeoesp -- o reajuste de 34,3% -- pois a medida "custaria nada menos do que R$ 3,5 bilhões, o que desorganizaria as finanças da educação e até mesmo do conjunto do Governo do Estado". Por fim, a secretaria diz que o pedido dos professores é uma "cortina de fumaça".

"A reivindicação salarial do sindicato é apenas uma cortina de fumaça para esconder sua verdadeira agenda, além de influenciar o quadro político e eleitoral: destruir as políticas baseadas na meritocracia, que já melhoram a educação do Estado."

*Com informações da Folha Online.

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